Braskem (BRKM5): Possível oferta pela companhia não agrada e ações lideram quedas do Ibovespa

Após mais um rumor de venda, desta vez colocando a gestora americana Apollo, BTG Pactual (BPAC11) e a Unipar (UNIP6) entre as candidatas à compra, a Braskem (BRKM5) lidera as quedas do Ibovespa neste primeiro pregão de agosto, depois de o valor ventilado na imprensa e a forma de compra não ser bem recebido pelo mercado.

Por volta de 11h30, o papel preferencial da petroquímica operava em baixa de 4,91%, a R$ 34,89, segundo dados disponíveis na plataforma do TradeMap.

Na sexta-feira (29), o jornal Valor Econômico publicou uma reportagem afirmando que a Braskem recebeu propostas independentes da Apollo, do BTG e da Unipar, partindo de R$ 40 por ação, de acordo com fontes ouvidas.

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Pela reportagem, a Apollo propôs a compra de 100% da petroquímica, o que significaria levar as participações de Petrobras e Novonor (ex-Odebrecht) e ainda fazer uma oferta pelas ações em circulação no mercado, o que resultaria no fechamento do capital da companhia.

O BTG Pactual, por sua vez, fez uma oferta formal de aquisição das dívidas da Novonor que são garantidas por ações da Braskem. Já a Unipar teria proposto comprar apenas as operações da Braskem em São Paulo.

Em relatório distribuído ao mercado nesta segunda-feira (1), analistas do BTG afirmam que a venda da Braskem é positiva para os acionistas, já que vai destravar valor para a companhia, embora o preço proposto esteja longe do ideal para os interesses da Novonor, o que poderia impedir um fim mais rápido do processo.

Para o banco de investimentos, a oferta da Apollo é a mais simples e potencialmente a mais rápida de ser aprovada, uma vez que propôs a compra de 100%. “A estratégia de venda da Braskem mudou algumas vezes, mas buscar um comprador estratégico sempre pareceu a opção preferida dos acionistas, o que pode alinhar melhor com os controladores e os interesses dos minoritários”.

O BTG ressalta, no entanto, que a oferta partindo de R$ 40 por ação poderia alcançar R$ 11 bilhões pela Braskem, valor insuficiente para a Novonor cobrir a dívida com os credores que está na casa de R$ 14 bilhões.

“No início de 2022, a demanda por ações da Braskem não era muito distante desse preço para que os controladores da empresa aprovassem a venda de parte de sua participação na empresa. Por outro lado, a Apollo é o candidato mais óbvio para aumentar sua oferta e vencer uma guerra de lances, o que poderia desencadear ainda mais a alta para as ações da Braskem”, afirmam os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte.

Dentre 10 recomendações colhidas pela Refinitiv com instituições financeiras e disponíveis no TradeMap, sete são de compra e três para manter o papel. A mediana dos preços-alvo é de R$ 56 para a ação preferencial, o que representa uma valorização de 52,63% em relação ao fechamento de sexta-feira, que foi de R$ 36,69.

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