Braskem (BRKM5) eleva taxa de ocupação das fábricas no Brasil, mas vendas caem

A taxa de ocupação das centrais petroquímicas da Braskem (BRKM5) no Brasil aumentou no primeiro trimestre em relação a um ano antes, mas as vendas da companhia no Brasil caíram, visto que nos primeiros três meses de 2021 a demanda estava mais forte por causa de um movimento de recomposição dos estoques de clientes.

Segundo dados divulgados na noite de sexta-feira (29), a taxa de uso da capacidade das centrais petroquímicas da Braskem no Brasil aumentou 82% no primeiro trimestre do ano passado para 86% em igual período deste ano – alta de 4 pontos percentuais (pp).

O crescimento refletiu o fato de, neste ano, as centrais terem operado sem parada de manutenção – diferentemente do ocorrido em 2021, quando houve manutenção na petroquímica da companhia do Rio Grande do Sul.

As vendas no Brasil caíram 7% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, passando de 953 mil toneladas para 882 mil toneladas.

“O recuo foi em função, principalmente, da menor demanda de resinas no mercado brasileiro, em função do efeito de recomposição de estoques na cadeia no primeiro trimestre de 2021 após impactos do Covid”, argumentou a Braskem.

Na mesma base comparativa, as exportações atingiram 215 mil toneladas, uma subida de 25% em função da maior disponibilidade de produto para exportação. Em relação ao polietileno, as vendas aumentaram 3% impulsionadas pelo maior volume de vendas de gasolina, por conta das medidas de isolamento social em 2021.

Subsidiárias no exterior

Em relação às operações que a petroquímica possui fora do Brasil, no mercado americano, a taxa média de uso das fábricas cresceu 10 pp no primeiro trimestre, passando de 78% para 88%. “O aumento se deu em função dos impactos da tempestade de inverno Uri na Costa do Golfo dos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2021”, comentou a Braskem.

Já na Europa, a Braskem viu sua taxa de utilização diminuir por uma menor demanda no período. A porcentagem passou de 93% para 89%, ou 4 pp. O grande salto ficou no mercado mexicano, que viu sua taxa de ocupação passar de 58% para 80%, uma subida de 22 pp.

No primeiro trimestre deste ano, o fornecimento de etano pela PEMEX foi de 33,5 mil barris por dia, superior ao volume estabelecido no aditivo ao contrato de fornecimento de etano, que era de 30 mil barris por dia.