Bolsas mundiais operam sem direção única nesta terça; por aqui, ata do Copom deve dar tom ao mercado

Nesta terça-feira, as bolsas globais sinalizam dia de cautela, com os investidores aguardando pelas decisões de bancos centrais quanto aos seus combates à inflação, além da dúvida quanto à nova cepa do coronavírus, a Ômicron, e seus impactos à economia mundial.

As bolsas europeias e os futuros americanos operam próximos da estabilidade. Os investidores esperam por indicadores econômicos e por decisões a respeito da política monetária, especialmente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), com reunião agendada para amanhã, 15.

Hoje foi divulgada a produção industrial da zona do euro, que mostrou aumento de 1,1% em outubro em comparação com setembro, segundo a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Os números vieram levemente abaixo das previsões dos analistas, que aguardavam por uma alta de 1,3%.

Ainda teremos nesta terça-feira a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, às 10h30.

Enquanto isso, as bolsas asiáticas fecharam em queda com o retorno da cautela após a confirmação dos primeiros casos da variante Ômicron na China. Além disso, as repressões de Pequim contra o setor de tecnologia local e o alto endividamento do setor imobiliário geram preocupações.

A desaceleração imobiliária do país provavelmente prejudicará a atividade econômica em novembro. Hoje teremos a divulgação de alguns dados chineses, como a produção industrial, as vendas no varejo e a taxa de desemprego, todos às 23h.

Em relação às commodities, o preço do barril do petróleo opera em leve alta, enquanto o preço do minério de ferro caiu forte por conta da incerteza quanto à Ômicron e seus eventuais impactos na demanda.

No Brasil, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central foi divulgada logo cedo. O mercado deverá repercutir o documento, que mostrou que as altas aplicadas nas últimas reuniões foram adequadas para garantir a convergência da inflação. No entanto, para a próxima reunião, o Copom antevê outro ajuste da mesma magnitude, para assegurar a convergência da inflação para suas metas.

Além disso, ainda haverá a divulgação dos dados sobre a receita do setor de serviços de outubro, às 9h, pelo IBGE. Por aqui, os investidores deverão acompanhar a votação de trechos remanescentes da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados.