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Bolsas globais operam sem direção única; por aqui, semana reserva reunião do Copom

No Brasil, os receios continuam elevados sobre as expectativas de inflação com a divulgação do Boletim Focus

Foto: Unsplash

As bolsas globais seguem com forte volatilidade e operam de forma mista nesta segunda-feira, 6, com os investidores ainda receosos com os riscos da nova cepa do coronavírus, a Ômicron, e com uma provável ação antecipada do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) no aperto monetário.

As bolsas europeias e os futuros americanos seguem sem tendências, enquanto os mercados asiáticos encerraram em queda com as perspectivas regulatórias para as empresas chinesas de tecnologia e problemas de dívida do setor imobiliário, além das apostas na flexibilização da política monetária.

O Banco do Povo da China (PBoC) divulgou hoje que cortará a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reserva em 50 pontos-base a partir de 15 de dezembro. É a segunda medida deste tipo da autarquia em 2021, liberando 1,2 trilhão de iuanes em liquidez de longo prazo para impulsionar uma economia em desaceleração em meio a persistentes casos de Covid-19.

Com uma agenda econômica mais esvaziada no dia de hoje, as atenções se voltam para os preços ao consumidor americano, que devem mostrar o maior avanço anual em décadas, mantendo a pressão sobre o Fed para um aperto de política mais rápido, principalmente após os dados de empregos nos EUA terem apresentado o menor crescimento no ano.

Em relação às commodities, o preço do barril do petróleo sobe forte, com a possibilidade de que a demanda poderá seguir aquecida, tanto que a Arábia Saudita aumentou os preços do petróleo produzido no país. Mesmo com forte alta no preço da commodity, as atenções se voltam para as ações da Petrobras, após comunicado do presidente Jair Bolsonaro, que disse que a companhia deverá anunciar uma redução dos preços de combustíveis. O minério de ferro também apresenta alta nesta segunda.

No Brasil, os receios continuam elevados sobre as expectativas de inflação. O Boletim Focus prevê o IPCA de 2021 a 10,18%, aumento de 0,03 ponto percentual em comparação à última leitura. Para 2022, a previsão é de que a inflação termine o ano a 5,02%. Ainda teremos, após sua aprovação, o debate sobre os precatórios, já que o texto aprovado pela Câmara foi alterado pelo Senado.

A semana seguirá agitada: haverá a divulgação do IGP-DI, que deve recuar para 0,44% em novembro ante 1,60% em outubro, e do IPCA, que sai depois do Copom. Também haverá a publicação do IPC-S e das prévias do IPC-Fipe e do IGP-M. A agenda ainda inclui os dados de atividade, com as vendas no comércio em outubro.

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