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Boletim Focus: mercado prevê inflação encostando em 6% neste ano

Analistas também voltaram a subir expetativas para a economia brasileira neste ano

Foto: Shutterstock/Things

Analistas do mercado financeiro ouvidos todas as semanas pelo Banco Central voltaram a aumentar a expectativa para inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2022 e 2023. O mercado também revisou para cima a expectativa do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira (28).

Agora, o mercado espera que o indicador da inflação encerre este ano com alta de 5,91%, ante 5,88% na semana passada. É a quinta semana seguida de mudança para cima após 17 publicações consecutivas de queda. Para o ano que vem, a projeção teve leve alta de 5,01% para 5,02%.

A inflação prevista ainda fica acima do teto da meta do Banco Central tanto para 2022 como para 2023. Neste ano, o limite é de 5%, e no ano que vem, de 4,75%.

Os analistas também aumentaram a previsão para o desenvolvimento da economia neste ano para alta de 2,81%, ante 2,80% na semana passada. Para o ano que vem, a projeção se manteve em 0,70%.

Dados do PIB do terceiro trimestre serão divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (1º).

As estimativas para a Selic foram mantidas para este ano e em 2023. Para 2024, os analistas enxergam os juros mais altos, em 8,25% ano, ante 8% previsto anteriormente.

A projeção para o câmbio de 2022 subiu de R$ 5,25 para R$ 5,27, enquanto a expectativa para 2023 sofreu leve mudança para cima, saindo de R$ 5,24 para R$ 5,25.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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