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Boletim Focus: mercado inverte expectativa e eleva projeção para inflação deste ano

Pesquisa do BC também mostra aumento para a expectativa do PIB para 2023

Foto: Shutterstock

Analistas do mercado financeiro ouvidos todas as semanas pelo Banco Central aumentaram a expectativa para inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2022 e revisaram para cima a expectativa de aumento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira (31).

Após 17 semanas reduzindo as projeções para a inflação, o mercado inverteu o sinal e agora espera que o indicador encerre este ano com alta de 5,61%, ante 5,60% na semana passada. Para o ano que vem, a projeção se manteve em 4,94%.

A projeção ainda fica acima do teto da meta de inflação do Banco Central tanto para 2022 como para 2023. Neste ano, o limite é de 5%, e no ano que vem, de 4,75%.

Para 2024, os analistas ouvidos pela autoridade monetária também estacionaram a projeção do IPCA, em 3,50%, – a meta para o ano é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Os analistas do mercado aumentaram a projeção para o desempenho do PIB no próximo ano. Para 2023, a expectativa passou para 0,64%, contra 0,63% na semana passada. Para este ano, a projeção se manteve em 2,76%. Já em 2024, é esperado PIB de 1,80%.

As estimativas para a Selic foram mantidas pelos três anos cobertos pelo Focus, enquanto as previsões para câmbio ficaram congeladas para 2022 e 2023.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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