Boa Vista (BOAS3) fecha acordo para ser vendida à Equifax, mas acionistas precisam aprovar operação

A Boa Vista (BOAS3) fechou um acordo definitivo para ser incorporada pela Equifax, numa transação que avalia a companhia em R$ 4,3 bilhões, valor de mercado ligeiramente maior que o registrado pela empresa ontem, de R$ 4 bilhões.

Cada papel da Boa Vista será substituída por uma ação preferencial resgatável da EFX Brasil, que por sua vez poderá ser trocada por meio de uma das seguintes opções:

1. R$ 8,00 em dinheiro;
2. R$ 7,20 em dinheiro e 0,0008 BDR da EFX representando ações ordinárias da EFX;
3. R$ 5,33 em ações ordinárias da EFX Brasil e R$ 2,67 em dinheiro ou 0,0027 de BDRs da EFX.

Quem não escolher nenhuma delas receberá o pagamento em dinheiro.

Segundo a Boa Vista, o valor a ser pago pela Equifax representa um acréscimo de 89% no preço de fechamento das ações da companhia brasileira em 15 de dezembro de 2022, data do último pregão que antecedeu o anúncio sobre a negociação entre as empresas.

Na comparação com o fechamento da ação da Boa Vista na quinta-feira (9), porém, o prêmio é bem menor, de 5,2%. Isso porque, em dezembro, a companhia já havia sinalizado ao mercado o valor pelo qual as ações seriam compradas pela Equifax.

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A fusão entre a Boa Vista e Equifax ainda depende da aprovação dos acionistas das duas companhias, do registro do programa de BDRs da Equifax na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a uma autorização da SEC, órgão regulador do mercado financeiro dos EUA.

Vale lembrar que a proposta da Equifax foi apresentada para os acionistas com o apoio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que possui mais de 30% do capital da Boa Vista.

A expectativa da empresa é aproveitar a combinação dos negócios para melhorar sua posição competitiva no mercado.

“A tecnologia de nuvem da Equifax e a capacidade e recursos de dados únicos (incluindo soluções de força de trabalho e produtos de identidade) ajudarão a acelerar a transformação e expansão da Boa Vista para novos tipos de mercados, bem como permitir que a empresa combinada resultante crie em conjunto novos produtos e serviços de alto valor para seus clientes, tornando-a o principal bureau de crédito do país”, afirmou a Boa Vista em comunicado.

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