As bolsas internacionais abrem a semana sem grandes surpresas e seguem de forma mista.
Nesta segunda-feira, 9, as bolsas asiáticas fecharam no meio a meio, com os investidores ainda atentos às intervenções da China em algumas empresas dos setores de tecnologia, games e educação privada. Além de suas intervenções no preço do minério de ferro, que vem caindo forte desde semana passada.
O preço do petróleo também tem registrado queda, com os investidores preocupados com o arrefecimento da demanda dado o crescimento do contágio com a nova variante delta da Covid-19.
Por conta disso, a atenção deve ficar voltada para as ações da Petrobras, Vale e siderúrgicas na B3, a bolsa brasileira.
No mesmo caminho, as bolsas europeias e os futuros americanos também operam de forma mista.
Os investidores estão de olho nos próximos movimentos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) quanto à sua política monetária, pegando quaisquer sinais para tentar entender se terá aumento dos juros e redução das compras de títulos já na próxima reunião da autarquia, que acontecerá no dia 22 de setembro – casando com a divulgação da reunião do Copom aqui no Brasil.
O último dado do Relatório de Emprego (Payroll) veio acima do esperado, mostrando que a economia norte-americana gerou 943 mil postos de trabalho em julho, de acordo com a publicação do Departamento do Trabalho do país.
Quando à agenda econômica externa, a divulgação da criação de emprego dos EUA é a mais relevante.
No Brasil, os investidores deverão ficar atentos à continuação da temporada de resultados, além do cenário político e fiscal, que vem elevado as preocupações no mercado.
Do lado microeconômico, esta semana reserva uma enxurrada de divulgações de resultados: Grupo Soma (SOMA3), Alupar (ALUP11), Itaúsa (ITSA4), Fras-le (FRAS3), Even (EVEN3), Sequoia Log (SEQL3), Intelbras (INTB3), Petz (PETZ3), Iguatemi (IGTA3), Melnick (MELK3), Minerva (BEEF3), Mitre Realty (MITR3), Mobly (MBLY3) e JSL (JSLG3).
Já do lado político, além das questões envolvendo a reforma tributária, o programa do Bolsa Família, que agora se chama Auxílio Brasil, e o novo Refis vêm movimento o mercado e gerando ruídos fiscais.
Todas essas polêmicas, incluindo o conflito entre os Poderes Executivo e Judiciário, continuam gerando tensão, ofuscando em parte as notícias sobre o avanço da vacinação no Brasil e a aprovação na Câmara da privatização dos Correios.
Na agenda econômica brasileira, teremos a divulgação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), além do Relatório do Boletim Focus e a Balança Comercial semanal.
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