Preocupação com a variante delta volta a assolar bolsas mundiais

Futuros americanos abriram próximos da estabilidade nesta segunda-feira, 28, em que as bolsas europeias recuam em meio às preocupações com a nova variante do coronavírus. 

No Reino Unido, país onde a variante delta começa a predominar, o índice FTSE 100 cai 0,7%, com ações ligadas à reabertura econômica entre as maiores quedas. 

Já o índice Stoxx 600, que possui ações de empresas de 17 países, registrava baixa de 0,3% nas primeiras negociações do dia. Os papéis de viagens e lazer caíram 2,7%, enquanto as ações de saúde avançaram 0,4%. 

O mesmo clima de cautela e atenção predominou nas bolsas asiáticas, principalmente depois que dados oficiais mostraram que os lucros industriais da China em maio desaceleraram. 

Dados divulgados pelo país neste final de semana mostraram que os lucros das empresas industriais chinesas subiram  36,4% em maio frente ao mesmo período de 2020.  Trata-se de uma desaceleração em relação ao crescimento ano-a-ano de 57% registrado em abril. 

Além disso, algumas regiões dos países asiáticos retomaram o bloqueio dos negócios pela proliferação da variante indiana delta. 

A Organização Mundial da Saúde pediu na sexta-feira, dia 25, que as pessoas totalmente vacinadas continuem a usar máscaras. O motivo seria a alta contaminação da variante do coronavírus por todo o mundo. 

Nos próximos dias, investidores devem ficar atentos aos indicadores econômicos que vêm por aí: índices de atividade (PMIs) manufatureira da China e do Japão; relatório de emprego dos EUA, o chamado “payroll” e o de setor privado; e, dados de inflação da zona do euro. 

Cenário interno 

No Brasil, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid pediu para investigar a ligação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, com o contrato da Covaxin. 

Isso depois dos irmãos Luis Miranda e Ricardo Miranda, deporem no Senado na última sexta-feira, 25. Ambos denunciaram o envolvimento de Barros na compra de outras vacinas pelo Ministério da Saúde, além da Covaxin. 

O mercado deverá continuar repercutindo o anúncio da proposta de reforma tributária pelo Ministério da Economia. A tributação de juros e dividendos em 20% para financiar a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) não agradou os investidores.

No calendário econômico desta segunda-feira, 28, o destaque está para os números do Caged, a divulgação da dívida pública brasileira e o Relatório Focus.