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Mercado internacional abre em queda à espera de reunião do Fomc; resultados corporativos seguem no radar

Por aqui, os investidores devem seguir acompanhando dados sobre a recuperação do país

Às vésperas da reunião do Fomc para decisão da taxa básica de juros nos Estados Unidos, os mercados internacionais amanhecem em queda nesta terça-feira, 27, refletindo o novo marco regulatório do governo chinês e a preocupação do aumento dos casos da variante delta da Covid-19, principalmente em pessoas que não se imunizaram com a vacina.

As bolsas asiáticas fecharam de forma mista, com os índices acionários na China (Xangai Composto: -2,5%) e em Hong Kong (Hang Seng: -4,2%) sendo fortemente afetados pela ofensiva regulatória do governo de Pequim.

O governo chinês pressiona os setores que dependem de investimento estrangeiro ou aquelas empresas listadas no exterior. Pequim anunciou novas regras para as empresas de educação, exigindo que esses serviços terão de ser administrados como operações sem fins lucrativos, além de que não poderão fazer levantamento de capital.

Além disso, o principal órgão regulador do setor de tecnologia da China também ordenou que as empresas de tecnologia do país corrigissem certas práticas anticompetitivas, em um avanço do cerco regulatório.

Enquanto isso, as bolsas europeias e os futuros americanos apresentam baixa e acompanham o temor do aumento dos casos da Covid e os seus riscos para a economia. Além disso, as pressões regulatórias asiáticas também pressionam os índices para baixo.

Mesmo com todas essas pressões, o humor dos investidores segue otimista em relação aos resultados das companhias neste segundo trimestre. As ações da Tesla ganharam destaque no final do dia de ontem, após apresentar lucro trimestral acima das previsões.

Nesta terça, a dona do Google, Alphabet, Microsoft e Apple divulgam seus resultados após o fechamento, com perspectiva de resultados fortes. Outras empresas que devem divulgar os resultados hoje são JetBlue, UPS, General Electric e Starbucks.

Em relação às commodities, o petróleo tem leve alta, enquanto o minério de ferro cai em meio às intervenções chinesas para controlar o preço nos mercados.

Na agenda econômica externa, teremos a divulgação da Sondagem Industrial – Richmond e a continuidade de alguns balanços corporativos. Mas o que o mercado aguarda mesmo é a expectativa em relação à decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que divulga sua decisão de juros na próxima quarta-feira, 28. O presidente do Fed, Jerome Powell, fará discurso após o anúncio.

No Brasil, após ameaçar vetar o fundo eleitoral de R$ 4 bilhões, o presidente Bolsonaro cita a aprovação, dizendo que deve vetar apenas o excesso. Quanto à saúde, a discussão ocorre sobre o encurtamento do período para ministrar a segunda dose da vacina da Pfizer, com a intenção de encurtar de três meses para 21 dias, após a primeira dose.

Os investidores também devem seguir acompanhando dados sobre a recuperação do país. Na agenda econômica interna teremos a divulgação da Sondagem da Construção, divulgada pela FGV. Já na agenda corporativa serão divulgados os balanços das empresas Cielo (CIEL3), Assaí (ASAI3), Unidas (LCAM3) e CSN Mineração (CMIN3).

Hoje tem a entrada da Unifique (FIQE3) na B3, que definiu o preço por ação de seu IPO em R$ 8,60.

Foto: Unsplash

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