Mercado global amanhece de mau humor, após Fed dar sinal de reduzir os estímulos monetários; ações da Vale devem chamar atenção por aqui

Os mercados internacionais continuam com maior aversão ao risco nesta quinta-feira, 19. As atenções ficam voltadas ao atraso na recuperação econômica dado o avanço da variante da Covid-19 (delta) e às preocupações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) possa começar a reduzir os estímulos monetários à economia dos Estados Unidos ainda neste ano.

Na última quarta-feira, 18, a ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, em português) mostrou que a inflação vem incomodando e que deverá começar a reduzir os estímulos. O mercado agora tende a acompanhar o dado de pedido de seguro-desemprego, que será divulgado hoje, às 9h30. Caso venha com número menor de solicitações, a intenção na redução dos estímulos por parte do Fed poderá ser confirmada.

Do outro lado do mundo, grande parte das bolsas asiáticas fechou em queda. Elas foram pressionadas pelas ações de consumo, do setor financeiro e de tecnologia, uma vez que aumenta a perspectiva mais pessimista sobre a economia e por maiores pressões regulatórias vindas da China.

As bolsas europeias caem forte e os futuros americanos apresentam queda nesta manhã. Os investidores deverão aguardar pela divulgação da agenda econômica dos EUA, que trará a  Sondagem Industrial – Filadélfia, além dos pedidos referentes ao auxílio-desemprego.

Quanto às commodities, o preço do petróleo caiu novamente em meio à perspectiva de uma piora na demanda mundial. Sem grandes surpresas, o minério de ferro despencou mais uma vez, com os chineses reduzindo a produção do aço para tentar segurar o preço da commodity.

Por conta disso, as ações da Vale (VALE3) devem chamar atenção no pregão de hoje. Na véspera, os papéis da companhia derreteram 4,6% e puxaram o Ibovespa para o campo negativo, aos 116 mil pontos. 

Por aqui, atenções continuam para o noticiário político, principalmente para o desenrolar da reforma do imposto de renda e no campo fiscal.

Ontem, o Banco Central iniciou sua reunião com diversos analistas de instituições financeiras para ouvir os comentários do mercado sobre a economia brasileira.

A autarquia monetária demostra certa preocupação com o atual cenário do país, com a piora nas contas públicas e a elevação da inflação. Ainda serão realizadas mais duas reuniões nesta semana, com outras instituições.

Para esta quinta-feira, os investidores ainda irão aguardar pela divulgação da 2ª prévia do Índice Gerente de Preços – Mercado (IGP-M) referente a agosto, apresentado pela FGV, e pela Sondagem Industrial.

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