A varejista Lojas Americanas (LAME3; LAME4) registrou um prejuízo líquido de R$ 162,9 milhões no primeiro semestre de 2021, de acordo com balanço financeiro divulgado na quinta-feira, após o fechamento de mercado.
O valor é 231,3% maior do que o mesmo período de um ano atrás, quando o prejuízo líquido da varejista foi de R$ 49,2 milhões. De acordo com a empresa, o déficit cresceu devido ao aumento dos custos e das despesas operacionais, entre outros fatores.
Nesse sentido, a receita líquida da empresa cresceu 29% em um ano, para R$ 5,23 bilhões, enquanto os custos aumentaram 33,9%, para R$ 3,60 bilhões. Já as despesas operacionais acumularam R$ 1,62 bilhão nos primeiros três meses do ano, cifra 43,1% na comparação anual.
O maior fator de impulso dessas despesas foram os gastos com vendas, marketing da plataforma digital e investimentos na Ame Digital, plataforma de cashback das Lojas Americanas.
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A empresa também sofreu o impacto das medidas de restrição social da pandemia, com o fechamento de 27% das suas lojas físicas. Com isso, as vendas “mesmas lojas”, que consideram unidades abertas há mais de 12 meses, recuaram 0,8%. Considerando apenas as lojas de rua, houve aumento de 6,8%.
Por outro lado, o volume bruto de vendas (GMV, na sigla em inglês) alcançou R$ 11 bilhões, 52,8% maior que um ano antes. A melhora foi atribuída pela companhia ao crescimento da plataforma digital, responsável por cerca de 76% do volume de vendas total.
O Ebitda, que é o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês, das Lojas Americanas também caiu no período: 16%, para R$ 489 milhões.