Bolsas mundiais sinalizam dia de recuperação nesta quinta

Índices futuros americanos abrem em alta nesta quinta-feira, 24, enquanto as bolsas europeias também sobem e as bolsas asiáticas fecharam mistas. 

Na Ásia, índices da Austrália caem em meio a proliferação da nova variante delta em Sydnei, que está preocupando os investidores. Por outro lado, o banco central chinês aumentou sua injeção de caixa de curto prazo na economia pela primeira vez desde março.

As bolsas europeias sobem após a divulgação do índice de sentimento das empresas da Alemanha, que cresceu de 99,2 pontos em maio para 101,8 pontos em junho, atingindo o maior patamar em mais de dois anos em meio. Nesta quinta, o Banco da Inglaterra deve anunciar sua decisão mais recente sobre a taxa de juros.

A expectativa é de que a instituição mantenha as taxas inalteradas, nos menores patamares históricos, e o programa de compra de títulos também siga igual. O mercado ainda espera que o BC inglês indique um ajuste para o ano que vem.

Estados Unidos 

Novas falas sobre a inflação e dados da atividade econômica do país acabaram por confundir os investidores ao invés de ajudá-los no dia de ontem. Se na terça Jerome Powell apareceu e disse que não tem pressa em elevar os juros no país, na quarta o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, falou exatamente o contrário.

O dirigente de Atlanta declarou preocupação com a alta dos preços e defendeu o tapering e a subida dos juros nos EUA já no fim de 2022. Isso levou Wall Street ladeira abaixo, com o Dow Jones recuando 0,21%, o S&P 500 -0,11% e somente o  Nasdaq se safou, subiu 0,13%. 

Outro fator que gerou dúvidas sobre a recuperação econômica por lá foi a divulgação do Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês), que segue mostrando aquecimento em alguns setores e lentidão em outros.

Os PMI composto caiu de 68,7 pontos em maio a 63,9 pontos em junho, a leitura mais baixa em dois meses. Já o PMI industrial subiu de 62,1 pontos para 62,6 pontos, no mesmo período, e o PMI de serviços caiu de 70,4 pontos para 64,8 pontos.

A agenda econômica desta quinta reserva importantes números. O principal deles será o da última revisão do PIB do primeiro trimestre. Sem grandes espaços para surpresas, o mercado espera um leve reajuste de 6,4% para 6,5% de crescimento no período, na taxa anualizada.

No mesmo horário, às 9h30, sai a divulgação do número de pedidos semanais de seguro desemprego. Após uma longa sequência de quedas, os pedidos estão estacionando próximo dos 400 mil. 

O mercado também aguarda a divulgação do índice PCE de inflação dos EUA referente a maio, programado para sexta-feira (25). Trata-se do principal indicadores de preços para o Fed.

Cenário interno

No Brasil, a agenda reserva somente a divulgação da sondagem do consumidor. No entanto, investidores seguem de olho no desenrolar do campo político.

Hoje deve sair o anúncio dos nomes recomendados para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos próximos dois anos.