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Bolsas mundiais abrem com altas, à espera do Payroll nos EUA

Sem CPI da Covid, sexta-feira deve ser mais tranquila no mercado brasileiro.

Bolsas europeias e futuros americanos operam em alta nesta sexta-feira, 02, enquanto as bolsas asiáticas fecharam com resultados variados entre si. 

O mercado espera a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll), que sairá as 9h30. A expectativa de economistas ouvidos pela Dow Jones é de que o relatório aponte a criação de 706 mil posições em junho no país. 

Com isso, a taxa de desemprego cairia de 5,8% para 5,6%. Se a expectativa se confirmar, o desempenho no mês será superior àquele de maio, quando a economia criou 559 mil. 

Os dados do payroll são um importante indicador dos próximos passos do Federal Reserve, isso porque o banco central dos EUA tem metas de pleno emprego a cumprir antes de mudar a política monetária de estímulos agressivos.

As atenções também se voltam ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que acredita que o Fed começará a reduzir as compras de ativos no primeiro semestre de 2022. Já as taxas de juros subiriam no final deste ano ou no início de 2023.

A previsão tem como base a recuperação dos empregos no país norte-americano e as pressões inflacionárias vistas nos últimos tempos.

O FMI também revisou sua perspectiva para o crescimento da economia dos Estados Unidos neste ano, saindo dos 4,6% divulgados em abril para 7,0%, em uma taxa anualizada. Para 2022, a previsão do PIB dos EUA foi de 4,9%, acima dos 3,5% divulgados anteriormente.

Na Europa, o mercado também aguarda a divulgação do payroll. No mais, investidores repercutem a divulgação de dados da Eurostat nesta sexta. Os números indicam que os preços de produtos direto das fábricas entre os 19 membros da Zona do Euro subiram 9,6% em maio, na comparação anual, e 1,3% na comparação mensal. 

Além disso, após dois dias de negociação, 130 países se comprometeram nesta quinta, dia 01, a endossar a proposta dos Estados Unidos de um imposto corporativo global, com taxa mínima de 15%.

Leia também: Países do G-7 chegam a acordo histórico sobre imposto mundial

Na Ásia, o mercado fechou com as bolsas apresentando resultados variados. As ações da China e de Hong Kong registraram perdas expressivas, enquanto no Japão, o índice Nikkei encerrou em leve alta.

O discurso do presidente chinês, Xi Jinping, feito na comemoração do centenário do Partido Comunista Chinês, gerou  pressão nos mercados. Jiping expressou ser contra a interferência externa na China, num momento em que os países, especialmente os EUA, fazem pressão por supostas violações de direitos humanos cometidas no país.

Outro ponto de atenção nos mercados internacionais é o desdobramento da reunião da Opep+, iniciada ontem. Segundo informações da Reuters, o encontro não terminou na quinta porque os Emirados Árabes Unidos se opuseram à assinatura de um novo acordo sobre petróleo. 

A expectativa de um aumento de produção lento e gradual, para atender a demanda dos países em plena recuperação econômica, movimentou a cotação de ontem. Os barris tipo Brent e tipo WTI subiram 1,63% e 2,40%, respectivamente.

Mas hoje, a notícia do impasse fez a cotação da commodity cair: Brent, -0,32% e WTI, -0,25%. 

Cenário interno

No Brasil, problemas políticos continuam pressionando o mercado. Porém, hoje não haverá novos depoimentos na CPI da Covid, com isso, a reforma tributária se torna o destaque no dia.

Ontem, o ministro Paulo Guedes voltou a defender o novo imposto de 20% em dividendos e pediu aos grandes empresários “um pouco mais de cidadania”.

Nesta sexta, a agenda econômica traz somente a publicação da Produção Industrial, pelo IBGE. Na parte corporativa, as ações da oferta da BR Distribuidora (BRDT3) passam a ser negociadas na B3 .

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