O Banco BMG (BMGB4) anunciou ao mercado um acordo de aquisição de 50% da Araújo Fontes, uma das principais boutiques de M&A e gestão de recursos de Belo Horizonte.
A transação pode ser o início de um banco de investimento dentro da instituição que é historicamente conhecida por seu negócio de empréstimos consignados.
O banco pagará R$ 85 milhões pela participação na Araújo Fontes, porém, o valor pode subir até R$ 150 milhões, de acordo com valor variável baseado em metas de performance.
O investimento será exclusivamente primário, e portanto, o aporte irá direto para o fortalecimento do balanço, em vista de impulsionar a boutique na disputa por mandatos de M&A. Além disso, o dinheiro poderá servir para investimentos nos próprios fundos.
O objetivo da operação é a ampliação da oferta de produtos e serviços no segmento de atacado e atuar com gestão de recursos, criando produtos de investimento para os clientes do BMG, de acordo com o comunicado.
Nos últimos anos, o banco lançou a BMG Seguros, a BMG Corretora e a Granito, seu negócio de adquirência, no qual o Inter adquiriu uma participação. Com a nova divisão, a instituição financeira pretende tornar-se ‘’um banco completo’’, de acordo com a CEO Ana Karina Bortoni.
Atualmente, o banco não possui uma área de gestão de recursos, porém com a aquisição, ele poderá distribuir os fundos da Araujo Fontes aos seus 3,9 milhões de clientes.
O BMG atingiu 5,6 milhões de clientes ativos em março de 2021, um crescimento recorde de 30,4% nos últimos doze meses. Isso representa 5,2 mil novos clientes por dia útil no primeiro trimestre do ano.