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Às vésperas de decisão da Selic, mercado global segue misto; variante da Covid preocupa recuperação econômica

Na véspera do Copom, crescem as apostas sobre o aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros aqui no Brasil

Os mercados operam de forma mista nesta terça-feira, 3. Se, por um lado, as novas intervenções do governo chinês em empresas privadas continuam preocupando, do outro, os resultados corporativos de empresas europeias, americanas e brasileiras chamam atenção e agradam a grande maioria dos investidores.

As bolsas asiáticas fecharam no meio a meio, com o retorno dos temores relacionados à variante Delta da Covid-19 e seus impactos na atividade, bem como com as ameaças de regulação por parte da China às fabricantes de microchips.

Os setores mais afetados foram os de commodities, automotivo e de games. As fabricantes de chips automotivos registraram fortes quedas, após um regulador afirmar que pretende combater manipulação de preços e o armazenamento indevido desses componentes.

Enquanto isso, as bolsas europeias e os futuros americanos operam sem tendência.

O Senado dos Estados Unidos continua trabalhando para tentar aprovar o projeto de infraestrutura, enquanto a propagação da variante Delta aumenta a preocupação quanto ao ritmo de abertura da economia.

As atenções continuam voltadas para a divulgação do Payroll, marcada para sexta-feira desta semana. Os investidores esperam pelos principais dados de empregos nos EUA, para avaliar a recuperação e monitorar o impacto das pressões de preços desencadeadas ao longo de toda a pandemia. Alguns representantes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) acreditam que o banco já deveria reduzir os estímulos na economia, caso os dados de empregos vierem fortes.

Os resultados corporativos seguem na agenda externa e interna. No campo econômico haverá a divulgação dos dados sobre as encomendas da indústria, na quarta-feira, além da publicação do setor de serviços e os dados do relatório semanal sobre pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que devem sair na quinta.

Em relação à commodity, o petróleo se mantém em queda, já que o vírus e as indicações de uma recuperação econômica chinesa mais lenta prejudicaram as perspectivas de consumo.

No Brasil, a crise política vem ganhando força. O confronto entre o presidente Jair Bolsonaro e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se intensifica e acabou rendendo um inquérito para investigar os ataques do presidente às urnas eletrônicas e às eleições de 2022. 

A CPI retoma os trabalhos hoje, após o recesso de 15 dias, convocando o reverendo Amilton Gomes de Paula, que tentou negociar supostas doses da vacina AstraZeneca com o Ministério da Saúde.

O desenrolar da reforma tributária continua no radar, além das atenções voltadas à participação do ministro Paulo Guedes, que comentará sobre precatórios junto com o ministro do STF, Gilmar Mendes.

Na véspera do Copom, crescem as apostas sobre o aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros, a Selic, que será divulgada amanhã (4), sendo um ajuste mais forte para conter a inflação.

Hoje saiu o índice de preços ao consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, mostrando crescimento de 1,02% em julho, na comparação com o mês anterior, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado superou o teto das previsões do mercado e foi a maior taxa para o mês desde 2001.

Por aqui, os investidores deverão acompanhar a produção industrial de junho, além da extensa agenda corporativa com as divulgações do Bradesco (BBDC4), Iguatemi (IGTA3), Minerva (BEEF3), Aeris (AERI3), Rede D’Or (RDOR3) e Ômega Geração (OMGE3).

Os resultados do Itaú vieram bons, reportando crescimento de 55,6% em seu lucro líquido gerencial, para R$ 6,543 bilhões. O banco também acabou melhorando os guidances para o ano. A carteira de crédito total passou de alta entre 5,5% e 9,5% para entre 8,5% e 11,5%.

Foto: Getty Images

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