Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Ibovespa acompanha bolsas americanas e sobe 1,85%, cenário político e o que move o mercado hoje

Foto: Nelson Almeida/Getty Images

Ibovespa, principal indicador da B3, encerrou em forte alta de 1,85% no pregão desta segunda-feira, 13, aos 116.403,72 pontos, seguindo o desempenho positivo das bolsas americanas. 

O índice também foi influenciado pela calmaria no cenário político-institucional, principalmente após a presença do presidente Jair Bolsonaro na feira agropecuária realizada no Rio Grande do Sul. 

No evento, Bolsonaro afirmou que os Três Poderes precisam ser respeitados e que o trabalho conjunto de Executivo, Legislativo e Judiciário beneficia a todos os brasileiros.  

O destaque positivo da sessão ficou com as ações da Méliuz (CASH3), que subiram 13,49%, seguidas pela valorização dos papéis do Banco Pan (BPAN4), que avançaram 10,22% após anunciar a compra de parte da Mobiauto.  

No entanto, os investidores seguem atentos para a alta da inflação e para o campo político. No Brasil, o retorno das atividades na Câmara e no Senado poderá movimentar bastante os negócios.  

Na Câmara, teremos a pauta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios e a reforma administrativa.  

Já no Senado, é esperado o avanço nos marcos legais da ferrovia, além da reforma do Imposto de Renda e da privatização dos Correios.  

Outro fator de atenção é a parte econômica, que vem se deteriorando. 

O Boletim Focus novamente trouxe um aumento na mediana das projeções de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

O indicador passou de 7,58% para 8%, um avanço de 0,42 ponto percentual (p.p) em relação à leitura da semana passada.  

Para o ano que vem, os economistas também elevaram a expectativa do IPCA em 0,05 ponto percentual, saindo de 3,98% para 4,03%.  

O Produto Interno Bruto (PIB) deste ano apresentou reduções pela quinta semana seguida, passando de 5,15% para 5,04%.  

Para 2022, a previsão também foi rebaixada, de 1,93% para 1,72%.  

Enquanto isso, em relação à taxa básica de juros do país, a Selic, a previsão passou de 7,63% para 8% ao ano, expansão de 0,37% em comparação com a semana anterior. 

Para o próximo ano, o mercado subiu a projeção de 7,75% para 8% ao ano.  

Vale lembrar que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será nos dias 21 e 22 deste mês, com o mercado elevando as projeções para a Selic, saindo de 1 ponto percentual para 1,25% a 1,5%. 

As bolsas americanas encerraram o último pregão mistas, com os investidores animados pela queda móvel dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos. 

Enquanto o Dow Jones e S&P 500 fecharam no campo positivo, com alta de 0,76% (34.869 pontos) e 0,23% (4.468 pontos), respectivamente, o Nasdaq recuou 0,07%, aos 15.105 pontos. 

O mercado também deverá ficar atento com o aumento da inflação e o movimento do Federal Reserve, banco central dos EUA, na próxima reunião. 

Além disso, segue no radar a crise sino-americana, principalmente com as intervenções da China nas empresas de tecnologia.  

Agenda Econômica 

Para esta terça-feira, 14, a agenda econômica interna conta somente com o  Volume de Serviços.  

Enquanto isso, nos Estados Unidos, terá a divulgação do CPI de agosto às 9h30 (horário de Brasília).  

Já a China terá a divulgação das Vendas do Varejo e a Produção Industrial, publicados no final da noite. 

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.