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BB Seguridade (BBSE3) dribla “La Niña” e tem lucro recorde com empurrão da Selic

Resultados positivos vieram mesmo com R$ 2,2 bilhões em sinistros

Foto: Shutterstock

Com lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, expansão de 21% na comparação anual, o período entre janeiro e março de 2022 marcou o melhor primeiro trimestre da história da BB Seguridade (BBSE3), de acordo com o relatório de balanço da companhia, publicado na noite desta segunda-feira (9).

Os negócios de risco e acumulação da seguradora — que envolvem Brasilseg, Brasilprev, Brasilcap e BB Corretora — tiveram lucro de R$ 606,1 milhões no trimestre, 27,8% maior que o visto no mesmo período do ano passado.

Já o resultado financeiro consolidado, líquido de impostos, da empresa, teve avanço de 258,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021, e passou a corresponder a 19,7% do lucro líquido total, o triplo dos 6,6% registrados no primeiro trimestre do ano passado. Este aumento, segundo a BB Seguridade, deveu-se principalmente à alta na taxa Selic e à elevação do saldo médio de ativos de quase todas as empresas do conglomerado.

O grande destaque do trimestre, de acordo com a companhia, é que os resultados positivos aconteceram mesmo com os R$ 2,2 bilhões em sinistros no trimestre, consequência do La Niña, fenômeno natural que impactou a produção rural no Sul do país — o agronegócio é um dos principais clientes da companhia.

Brasilseg

Em seu braço de seguros, a BB Seguridade destaca que a emissão de prêmios subiu 18,8% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 2,75 bilhões, principalmente no segmento rural, devido ao aumento nos custos de produção e da contratação de custeio para a safra de inverno.

Vale notar ainda, segundo a companhia, que o volume de sinistros relacionados à Covid-19 teve baixa de 83,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2021, para R$ 42,4 milhões.

No geral, a sinistralidade subiu 44,6% na comparação anual, para R$ 1,1 bilhão.

Brasilprev

A captação bruta da Brasilprev cresceu 21% no primeiro trimestre, para R$ 13 bilhões, o maior volume para um primeiro trimestre na história da empresa. A captação líquida, por outro lado, foi negativa em R$475 milhões, ante saldo positivo de R$905 milhões no primeiro trimestre de 2021.

As reservas dos planos totalizam R$ 322 bilhões no período, uma alta de 4,7% na mesma base de comparação, enquanto a provisão de técnicas de previdência subiu 20,8% na mesma base de comparação e alcançou R$ 13 bilhões.

Brasilcap

Na Brasilcap, por sua vez, a arrecadação com títulos de capitalização teve alta de 25%, revertendo o movimento de queda registrado em 2021, devido ao aumento do ticket médio dos títulos de pagamento único.

No trimestre, o lucro líquido da operação de capitalização cresceu 10% contra os três primeiros meses de 2021, para R$ 53,2 milhões, devido à alta na taxa Selic.

As reservas de capitalização somaram R$ 8,1 bilhões, um aumento de 1,04% o ante o mesmo intervalo do ano anterior.

 

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