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B3 (B3SA3): negociação de ações cresce, mas despesas sobem e lucro cai 6,3% no 4º tri

O resultado líquido da B3 ficou em linha com a expectativa dos analistas do mercado

Foto: Shutterstock/Immersion Imagery

A B3 (B3SA3), empresa que é dona da bolsa de valores brasileira, viu o volume de negociações de ações crescer no quarto trimestre, o que elevou a receita com comissões nas operações, mas as despesas subiram no período e pressionam o lucro líquido, que caiu 6,3% em relação ao quarto trimestre de 2021, para R$ 1,15 bilhão, segundo balanço divulgado na noite desta quarta-feira (15).

O resultado líquido da B3 ficou em linha com a expectativa dos analistas do mercado, que projetavam que a companhia teria lucro de algo entre R$ 937 milhões e R$ 1,3 bilhão, segundo as estimativas colhidas pela Agência TradeMap, de BTG Pactual, Goldman Sachs, Santander e XP Investimentos.

No quarto trimestre, a receita total da B3 somou R$ 2,6 bilhões, alta de 5,2% em relação aos últimos três meses de 2021. O avanço acompanhou o aumento do volume médio diário de negociações de ações da B3, que cresceu 2,4% em um ano, para R$ 32,3 bilhões, apesar do alto nível da Selic, que restringe a demanda de investidores para negociar em renda variável.

O nível da Selic, que segue em 13,75% ao ano, no maior patamar de 2017, continuou favorecendo as negociações no segmento Balcão, com  crescimento de 32,7% no estoque de instrumentos de renda fixa e de 33,2% no estoque do Tesouro Direto, no quarto trimestre em comparação a igual período do ano anterior.

No cenário internacional, disse a B3, o quarto trimestre de 2022 foi marcado por uma leve melhora nas perspectivas econômicas, “com as políticas contracionistas adotadas durante o ano surtindo efeito no controle da inflação e dados mais favoráveis em algumas das principais economias globais.”

Já no Brasil, o período foi marcado pelas eleições gerais, ressaltou a companhia, que influenciaram a atividade do mercado de capitais ao longo do trimestre.

Segundo a B3, o lucro líquido foi prejudicado principalmente pela expansão das despesas, que cresceram 45,2% no quarto trimestre em relação a igual período do ano anterior, para R$ 561,1 milhões. A empresa disse que as despesas subiram em razão de gastos com pessoal e tecnologia.

O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) recorrente, por sua vez, caiu 1,7% no quarto trimestre em relação a igual período do ano passado, para R$ 1,6 bilhão, enquanto a margem do Ebitda recorrente caiu para 70,5%, de 75,9%.

 

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