Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Ata do Fomc: Fed inicia redução dos estímulos à economia americana em novembro

O início da retirada desses estímulos tem o potencial de reduzir o apetite por países emergentes como o Brasil, considerados mais arriscados

O Fed, Banco Central dos Estados Unidos, informou há pouco que decidiu manter os juros americanos, ao mesmo tempo em que informou que dará início neste mês ao processo de redução dos estímulos à maior economia do mundo, o chamado tapering.

A autoridade monetária passará a comprar US$ 15 bilhões a menos por mês em títulos da dívida e títulos hipotecários – o ritmo atual corresponde a um total de US$ 120 bilhões por mês absorvidos pelo Fed. O programa atual de compras foi desenhado logo após o início da pandemia de coronavírus, no primeiro semestre do ano passado, como forma de garantir a liquidez dos mercados.

O início da retirada desses estímulos tem o potencial de reduzir o apetite por países emergentes como o Brasil, considerados mais arriscados. “O comitê julga que reduções similares por mês no ritmo de aquisições de ativos serão apropriadas, mas está preparado para ajustar o ritmo de compras se o cenário econômico assim o permitir”, afirmou o comunicado.

A taxa básica dos EUA foi mantida no intervalo entre zero e 0,25% ao ano. Analistas acreditam que o Fed passará a subir os juros em meados do ano que vem. Logo mais, às 15h30, discursa o presidente da instituição, Jerome Powell.

De acordo com o comunicado, o Fed admite que a inflação vem se comportando de forma mais duradoura do que era previsto. “A inflação está elevada, largamente refletindo fatores que se espera que sejam transitórios”, disse o comunicado. “Desiquilíbrios de oferta e demanda que estão relacionados à pandemia e reabertura da economia contribuíram para altas importantes de preços em alguns setores”.

Copom subiu juros para 7,75%

No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou os juros básicos em 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano, na semana passada. Na ata da reunião, divulgada nesta quarta, dia 3, o colegiado indicou a Selic terminará o atual ciclo de aperto monetário mais elevada do que o esperado há um mês, como consequência da mudança no cenário fiscal.

No final de outubro, o governo anunciou alteração no teto de gastos para acomodar mais despesas em 2022. “O Comitê ponderou que a assimetria no balanço de riscos, resultante dos desenvolvimentos no cenário fiscal, implica elevação do risco altista para as projeções do seu cenário básico, e avalia que esse viés de alta é agora maior do que o anteriormente considerado. Como consequência, o Comitê concluiu que o grau apropriado de aperto monetário é significativamente mais contracionista do que o utilizado no cenário básico”.

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.