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Após forte valorização, BTG vê queda recente da Totvs (TOTS3) como oportunidade de compra

Companha combina perfil de crescimento e defensivo e deve seguir surpreendendo

Foto: Divulgação

Depois de se tornar uma das queridinhas dos investidores e passar a ocupar uma posição entre as dez empresas de melhor performance do Ibovespa, com valorização de 181% desde o fim de 2018 (contra 17% do índice), segundo o BTG Pactual, a queda recente nas ações da Totvs (TOTS3) abre uma oportunidade interessante de compra.

Apesar da desvalorização recente, com a ação negociada 34% inferior a seu pico de abril, os resultados da Totvs para o primeiro trimestre deste ano foram “muito melhores” do que o esperado, afirmaram os analistas, em relatório distribuído nesta terça-feira (14).

O maior destaque, para o BTG, foi a adição orgânica de receitas recorrentes anualizadas (ARR) a níveis “sem precedentes” nos últimos dois trimestres, de R$ 240 milhões nos três últimos meses do ano passado e R$ 250 milhões entre janeiro e março deste ano.

“Para colocar em perspectiva o quanto isto é impressionante, a divisão core está crescendo, por trimestre, o mesmo que a divisão de business performance gera em receitas em um ano. Em outras palavras, apenas no primeiro trimestre, a Totvs registrou receita líquida equivalente a um ano inteiro de receita de outras companhias de tecnologia listadas”, afirma o BTG.

Diante da performance recente, o banco aumentou em 21% sua projeção para a receita líquida da divisão de gestão, a principal vertical da companhia, em 2022, para R$ 2,6 bilhões. Para os anos de 2023, 2024 e 2025, as estimativas foram elevadas em 36%, 43% e 50%, respectivamente.

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E a tendência deve continuar. “Depois desta forte revisão, é natural questionar se daqui a seis meses seremos positivamente surpreendidos novamente e teremos mais uma vez para revisar nossos números. Achamos que a resposta é sim”, dizem os analistas.

Isso porque o banco optou por ser conservador em suas estimativas de adição líquida de ARR, principal motor de receita, mesmo que o primeiro trimestre tenda a ser sazonalmente mais fraco do que os demais. Além disso, o Universo Totvs, evento organizado pela companhia em junho, deve trazer novos clientes no segundo e no terceiro trimestre.

A abordagem também foi mais conservadora para as unidades de business performance, que oferece soluções para as áreas de marketing e vendas, e techfin, de serviços financeiros, diz o BTG. Para business performance, isso se deve ao fato de a aquisição da RD Station, responsável por cerca de 90% da receita da vertical, ter sido consolidada em junho de 2021, de modo que o banco ainda precisa entender os diferentes aspectos do negócio.

Para esta unidade, a expectativa do BTG é que a receita líquida cresça a um ritmo médio anual de 36,4% entre 2021 e 2026.

Já para a techfin, a abordagem cautelosa se deve ao fato de a joint venture anunciada com o Itaú ainda não ter sido detalhada. A expectativa do BTG, porém, é que esta parceria “mude o jogo” para a companhia, por juntar o posicionamento e acesso a dados da Totvs com o acesso a capital do Itaú.

Ainda assim, considerando a visibilidade limitada e o atual cenário de mercado, os analistas optaram por manter uma postura conservadora em relação à divisão. A expectativa é que as concessões alcancem R$ 25 bilhões em 2026, o que corresponde a um ritmo médio de crescimento anual de 21% entre 2021 e 2026, que a carteira de crédito fique em R$ 4,4 bilhões e que as receitas líquidas alcancem R$ 476 milhões.

Apesar da visão positiva, considerando a abordagem conservadora para algumas métricas e a projeção de alta de 300 pontos base no custo de capital, os analistas do BTG revisaram seu preço-alvo para as ações para R$ 40, de R$ 45, mas mantiveram a recomendação de compra. O preço-alvo atual corresponde a alta de 60% em relação ao valor do papel no fechamento desta terça-feira, de R$ 25.

De modo geral, o mercado parece compartilhar o otimismo do BTG. De acordo com dados da Refinitiv disponíveis no TradeMap, de 14 instituições financeiras consultadas, 11 recomendam a compra da ação, enquanto as outras três indicam a manutenção do ativo em carteira. A mediana de preços-alvo dos analistas é de R$ 39,50 – potencial de alta de 58%.

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