Apesar de receita maior, Ser Educacional (SEER3) fecha 2º trimestre com lucro 26% menor

A Ser Educacional (SEER3) registrou prejuízo líquido de R$ 39,1 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o lucro líquido de R$ 25,7 milhões que havia obtido no mesmo período de 2021. A margem líquida da companhia passou de 6,7% positivos para 8,4% negativos.

Ajustado por eventos não recorrentes, receita de juros sobre acordos/outros e dos aluguéis mínimos pagos, o lucro líquido da Ser caiu 25,7% de abril a junho, para R$ 31 milhões.

O resultado do perído foi alcançado apesar de a receita líquida da Ser ter aumentado 20,4%, na comparação entre os dois trimestres. De abril a junho deste ano, somou R$ 464,2 milhões, e no mesmo intervalo de 2021, R$ 385,7 milhões.

No período, porém, o tíquete médio líquido total da Ser recuou 18,8%, para R$ 462,85, comparado ao segundo trimestre do ano passado. Além disso, a companhia viu as despesas gerais e administrativas aumentarem 15%, para R$ 158,9 milhões, e os custos de serviços prestados, 31,4%, para R$ 227,5 milhões.

Por sua vez, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 45%, para R$ 59,3 milhões. Como consequência, a margem Ebitda passou de 28% para 12,8% entre o segundo trimestre de 2021 e o mesmo período deste ano.

Considerando o resultado ajustado, o Ebitda subiu 3,7%, para R$ 100,7 milhões, e a margem caiu 3,5 pontos, para 21,7%.

Captação e evasão de alunos da Ser

A captação total de alunos no primeiro semestre aumentou 22,5%, para 126,8 mil. O resultado foi pressionado pelo segmento digital, que recuou 27,9%, para 45,9 mil alunos, em relação ao mesmo período de 2021.

Excluindo a quantidade de alunos advinda de aquisições, houve queda de 8,8% na captação total de janeiro a junho, para 93,1 mil.

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Na graduação híbrida, a taxa de evasão caiu 0,8 ponto percentual no primeiro semestre em relação aos primeiros seis meses de 2021 e, na digital, 7,8 pontos.

Segundo a Ser, a queda ocorreu devido ao arrefecimento dos efeitos da pandemia e ao respectivo impacto no cotidiano dos alunos, além da implantação de atividades como a criação dos mentores de experiência e do plano de pagamento de mensalidades via cartão de crédito.

A companhia informou também que a linha de PDD (Provisão de Devedores Duvidosos) e perdas efetivas teve redução de 31,9% no primeiro trimestre e representou 5,9% da receita líquida gerada no período.

Segundo a companhia, a queda podese atribuída à redução da evasão nos últimos dois trimestres, ao aumento da pontualidade de pagamento de mensalidades e à recuperação de mensalidades pendentes.