Americanas (AMER3): reunião com credores termina sem acordo, mas ação sobe 7%

A Americanas (AMER3) concluiu uma reunião com credores ocorrida nesta quinta-feira (16) sem chegar a um acordo que ajude a diminuir a pressão sobre as contas da companhia.

Em comunicado, a varejista disse, em encontro com bancos e outros detentores de títulos da companhia, que apresentou propostas para equacionar suas dívidas.

Os três pilares do acordo oferecido foram:

1. Um aumento de capital em dinheiro no valor de R$ 7 bilhões, “com suporte de seus acionistas de referência”, segundo a Americanas;
2. A recompra de R$ 12 bilhões em dívidas pela companhia;
3. E a conversão de R$ 18 bilhões em dívidas financeiras em ações da empresa e em dívida subordinada

No caso do aumento de capital de R$ 7 bilhões, não ficou claro qual o nível do “suporte” que será dado por Carlos Alberto Sicupira, Jorge Lemann e Marcel Telles, os principais acionistas da Americanas.

No entanto, a empresa já adiantou que, dentro deste montante, estariam inclusos cerca de R$ 1 bilhão que os três haviam se comprometido a aportar na companhia em troca de títulos de dívida. Estes títulos, segundo o comunicado divulgado pela Americanas, seriam convertidos em ações.

“Não houve, até o momento, acordo com relação à proposta apresentada. A companhia espera continuar mantendo discussões construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”, afirmou a Americanas no comunicado.

Mesmo sem um acordo com credores, as ações da Americanas operavam em alta no início da tarde. Por volta das 14h30, os papéis subiam 7,08%, a R$ 1,21. O valor, porém, é cerca de 90% menor que o registrado antes de o rombo bilionário no balanço da varejista vir à tona.

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