As ações do setor de varejo operam em baixa mesmo depois de dados compilados pela Cielo mostrarem que em janeiro as vendas do setor cresceram na comparação anual pelo terceiro mês seguido, a um ritmo de 2,5%, já descontada a inflação. Em termos nominais, que não descontam o efeito da inflação, o aumento foi de 14,4%.
A falta de reação positiva das ações ao resultado do indicador pode refletir o fato de a base da comparação ser o mês de janeiro de 2021, quando a pandemia passava por um de seus piores momentos e o isolamento social impactava diretamente nas vendas físicas.
Além disso, o chamado efeito calendário também ajudou a deixar o resultado deste ano mais forte. Em 2022, janeiro teve um dia útil a mais. Sem isso, o aumento real nas vendas seria de 2,1%, enquanto o nominal seria de 13,9%.
Segundo Pedro Lippi, Head de Inteligência da Cielo, “o comércio varejista se mantém em recuperação. É o terceiro mês seguido de alta nas vendas. Isso está relacionado com a volta gradativa à rotina, que foi bastante afetada pelo agravamento da Covid-19 no fim de 2020 e nos primeiros meses do ano passado, mas também ao bom comportamento de alguns setores do varejo. Neste mês, por exemplo, podemos destacar positivamente o setor de Drogarias e Farmácias”.
O setor de bens não duráveis foi um dos que mais acelerou, com destaque para drogarias e farmácias. Já os setores de bens duráveis e não duráveis registraram baixas, com ênfase em móveis e eletrodomésticos.
Todas as regiões do país registraram alta, com destaque positivo para região Norte, onde houve crescimento de 9%. A que menos cresceu foi a região Sudeste, com alta de 1%.
Veja abaixo como se comportavam as principais ações do comércio varejista na Bolsa por volta das 12h30 (de Brasília), segundo dados da plataforma TradeMap:
