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Ações de 3R (RRRP3), Prio (PRIO3) e Enauta (ENAT3) despencam com imposto maior sobre petróleo

Governo vai taxar exportações de petróleo por quatro meses e ações de empresas do setor reagem em baixa à decisão

Foto: Shutterstock/curraheeshutter

As ações de empresas produtoras de petróleo operam em forte baixa nesta quarta-feira (1), reagindo à decisão do governo de taxar as exportações brasileiras da commodity. 

Ontem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai aplicar um Imposto de Exportação sobre petróleo de 9,2%.

Isso porque, embora tenha retomado a cobrança de impostos federais sobre os combustíveis, o governo não recompôs integralmente as alíquotas anteriores e precisava encontrar uma forma de compensar a perda de arrecadação.

A cobrança vai vigorar por quatro meses, mas pode continuar após este período a depender do aval do Congresso.

A taxação deve atingir em cheio as empresas produtoras de petróleo, segundo o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), órgão que representa os interesses do setor.

Em nota, o IBP disse que “vê com grande preocupação a instituição de um imposto de exportação sobre o petróleo cru”, e afirma que a tributação prejudica a competitividade das empresas do setor e afeta a credibilidade do Brasil em relação à estabilidade das regras.

“O período definido para cobrança do novo imposto, por si só, não retira os efeitos de percepção negativa que podem perdurar por longo período, podendo ocasionar atraso ou mesmo cancelamento nas decisões de investimentos em exploração e produção, com potencial efeito negativo na arrecadação de tributos federais e estaduais e na geração de empregos”, acrescentou.

O Brasil aumentou em 34% o volume exportado de petróleo entre 2017 e 2020, e de lá para cá vem mantendo as vendas ao exterior em um patamar estável – pouco abaixo de 70 milhões de toneladas por ano.

O aumento das exportações coincide com o aparecimento e capitalização de empresas de exploração de petróleo listadas na Bolsa. As ações de todas elas operavam em baixa nesta quarta-feira.

Por volta das 12h15, a ação com queda mais significativa nos preços era a da 3R Petroleum (RRRP3), que recuava 10,2%, seguida por Enauta (ENAT3), Petrobras (PETR3; PETR4) e Prio (PRIO3), que recuavam aproximadamente 4%.

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