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Ação da CBA (CBAV3) sobe mais de 2% após lucro crescer e superar previsão do mercado

O resultado foi impulsionado pelos preços altos do alumínio, que compensaram a queda nas vendas da companhia durante o período

Foto: Shutterstock

Após reportar na noite de terça-feira (9) um trimestre com aumento no lucros, a CBA (CBAV3), empresa que atua com extração de minério de alumínio, serviços de usinagem, caldeira e montagem de maquinário, vê seus papéis subirem mais de 2% nesta quarta.

Perto das 11h40, as ações da empresa valorizavam 2,46%, sendo cotados a R$ 12,09. A alta é mais intensa que a do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que subia 1,16% no mesmo horário, a 109.914 pontos.  

O lucro da empresa aumentou 28% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 510,9 milhões. O resultado foi impulsionado pelos preços altos do alumínio, que compensaram a queda nas vendas da companhia durante o período. Essa alta de preços fez a receita crescer 21,1%, atingindo R$ 2,3 bilhões.

De acordo com Andre Vidal, analista de óleo, gás e materiais básicos da XP, em relatório, a CBA “apresentou bons resultados, superiores às nossas estimativas”. Vidal destaca justamente os preços realizados de alumínio acima do esperado como fator principal desse acréscimo.

Segundo a companhia, o preço da tonelada de alumínio na LME (London Metal Exchange) no segundo trimestre deste ano foi quase 20% maior que o observado em igual período de 2021, chegando a US$ 2.875.

A CBA também conseguiu cobrar mais que a concorrência em alguns produtos – lingotes e folhas de alumínio, por exemplo – por causa do “mercado físico apertado e dos custos logísticos elevados”.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) da CBA foi de R$ 641 milhões, 10% acima da previsão de Andre Vidal. Já para o Itaú BBA, o Ebitda veio 12% acima do previsto, e o destaque negativo, de acordo com Daniel Sasson, Edgard de Souza, Marcelo Palhares e Barbara Soares, analistas da instituição, foi uma queda na performance da unidade de energia.

“O Ebitda ajustado do segmento foi negativo em R$ 2 milhões, mas em linha com o ano passado, devido ao maior consumo de energia do segmento de alumínio resultando em menor volume de energia vendida”, avalia Vidal, da XP.

Para o futuro, o analista da XP prevê novos trimestres positivos para a CBA, avaliando que os preços do alumínio devem continuar a subir no médio prazo, em função do aumento no custo de insumos energéticos no mundo como carvão e gás.

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