À espera de dados de inflação nos EUA, bolsas globais seguem sem direção única

No Brasil, investidores deverão repercutir a aprovação do texto-base dos precatórios pela Câmara dos Deputados

Foto: Unsplash

As bolsas globais seguem com tom mais negativo nesta quarta-feira (10). Na Ásia, os mercados fecharam em baixa após a inflação chinesa ficar acima das expectativas.

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) disparou 13,5% em outubro na comparação anual, ante 10,7% em setembro, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país.

A inflação ao produtor atingiu o nível mais elevado em 26 anos no mês passado, refletindo a disparada dos preços do carvão em meio à crise de energia do país, reduzindo, assim, as margens de lucros para produtores e intensificando os temores de estagflação.

Enquanto isso, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China subiu 1,5% em outubro na comparação com o mesmo período de 2020. Em relação ao mês anterior, o indicador avançou 0,7% e acumula alta de 0,7% entre janeiro e outubro deste ano.

Além disso, os problemas de dívidas de algumas incorporadas no setor imobiliário chinês continuam no radar do mercado.

No mesmo caminho, as bolsas europeias e os futuros americanos também operam no terreno negativo, atentos aos dados piores da China, alimentando as preocupações sobre as pressões inflacionárias na economia global.

Agora o mercado aguarda pelos dados de inflação dos preços ao consumidor dos EUA, às 10h30, que podem mostrar com mais clareza como serão os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Ainda na agenda americana de hoje teremos a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego no país, que também sairá às 10h30.

Quanto às commodities, o preço do barril do petróleo permanece estável, enquanto o minério de ferro caiu novamente, refletindo às perspectivas de redução da demanda por aço devido aos problemas imobiliários da China.

No Brasil, os investidores deverão repercutir a aprovação do texto-base dos precatórios pela Câmara dos Deputados, em segundo turno, abrindo caminho ao pagamento do Auxílio Brasil (programa social que substituirá o Bolsa Família).

Os governistas garantiram um placar de 323 a 172 – eram necessários 308 para uma mudança constitucional. Agora o texto segue para a votação do Senado.

Além disso, as atenções se voltam para a agenda econômica com a divulgação, às 8h, do IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) deste início de mês e, às 9h, será a vez do IPCA de outubro. No campo corporativo, as divulgações de resultados seguem a todo vapor. Hoje, teremos as divulgações dos números das empresas: JBS (JBSS3), antes da abertura,  e, após o fechamento, será a vez da BRF (BRFS3), Copel (CPLE6), Enauta (ENAT3), Via (VIIA3), TAESA (TAEE11), Tupy (TUPY3), Totvs (TOTS3), Equatorial Energia (EQTL3), Even Construtora (EVEN3), Helbor Empreendimentos (HBOR3), Positivo Tecnologia (POSI3), 3R Petroleum (RRRP3), Vivara (VIVA3),  Banrisul (BRSR6), Notre Dame Intermédica (GNDI3), Guararapes (GUAR3), SIMPAR (SIMH3), Locaweb (LWSA3) e Sul America (SULA11).

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