Ibovespa sobe com expectativa de corte de juros nos EUA

O Ibovespa avançou 0,81% nesta quinta-feira (4), aos 140.993 pontos, apoiado em dados fracos do mercado de trabalho dos EUA e na expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve ainda em setembro. O relatório da ADP mostrou criação de apenas 54 mil vagas, bem abaixo da previsão de 75 mil, reforçando a percepção de início do ciclo de afrouxamento monetário global. A política comercial do governo Donald Trump e o julgamento de Jair Bolsonaro no STF também seguem no radar dos investidores.

Na frente externa, o superávit da balança comercial brasileira de agosto somou US$ 6,13 bilhões, alta de 35,8% sobre 2024, puxado por milho, soja, minério de ferro, petróleo e carne bovina. Apesar do bom resultado mensal, o acumulado do ano mostra queda de 20,2% no saldo positivo, diante do avanço mais acelerado das importações.

O dólar Ptax encerrou em R$ 5,4587, alta de 0,19%, após oscilar com a divulgação de indicadores norte-americanos. Os investidores aguardam o payroll oficial desta sexta-feira (5), considerado decisivo para confirmar o ritmo dos cortes de juros nos EUA.

Entre as empresas, a Vale (VALE3) subiu 0,20% após o presidente da companhia negar vínculo entre a renegociação de concessões ferroviárias e novos investimentos. O JP Morgan reduziu o preço-alvo da ação, mas manteve recomendação de compra, destacando valuation atrativo e fundamentos sólidos.

A Cosan (CSAN3) engatou sua sétima alta seguida, acumulando valorização de 28% em sete pregões, impulsionada pelo fim da joint venture Grupo Nós com a Femsa e pela busca de um sócio estratégico para a Raízen (RAIZ4). No mesmo movimento, as ações da Raízen avançaram 1,57%.

No setor educacional, o movimento também foi positivo. A Cogna (COGN3) avançou 6,32%, a Ânima (ANIM3) disparou 10,57% e a Yduqs (YDUQ3) subiu 6,33%, após o Goldman Sachs reforçar a visão construtiva para o segmento. O banco destacou a redução da alavancagem e o potencial de crescimento das matrículas semipresenciais como principais fatores de sustentação para o setor.

No mercado internacional, o petróleo ampliou perdas, com o Brent caindo para US$ 66,99 após alta inesperada nos estoques dos EUA e rumores de que a Opep+ pode elevar a oferta. Em meio ao recuo da commodity, as ações da Petrobras (PETR4) encerraram estáveis, enquanto a Brava Energia (BRAV3) caiu 1,66% e foi a maior queda do Ibovespa.

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

Altas

• Yduqs (YDUQ3): +6,33%

• Cogna (COGN3): +6,32%

• Cosan (CSAN3): +5,93%

• Magalu (MGLU3): +5,23%

• Rumo (RAIL3): +4,15%

Baixas

• Brava Energia (BRAV3): -1,66%

• Weg (WEGE3): -1,59%

• Pão de Açúcar (PCAR3): -1,30%

• Azzas (AZZA3): -1,10%

• Vibra (VBBR3): -0,58%

EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,77%

• Nasdaq: +0,98%

• S&P 500: +0,83%

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