Ibovespa sobe com apoio de petróleo, bancos e alívio nas tensões comerciais

Shutterstock/Champ008

O Ibovespa encerrou a quarta-feira (11) em alta de 0,51%, aos 137.128 pontos, impulsionado pela valorização do petróleo, pelo otimismo em torno do acordo comercial entre Estados Unidos e China e por revisões positivas em recomendações de ações de grandes empresas.

O destaque do dia foi a forte alta dos preços internacionais do petróleo, que subiram mais de 4% nas principais referências — o WTI avançou 4,91%, a US$ 68,16, e o Brent ganhou 4,38%, fechando a US$ 69,80 o barril. O movimento foi alimentado por tensões geopolíticas no Oriente Médio, com os EUA ordenando a retirada de funcionários da embaixada em Bagdá por questões de segurança, além do aumento da demanda sazonal e incertezas sobre as negociações nucleares com o Irã. A notícia de que um acordo comercial com a China está próximo de ser finalizado também contribuiu para o apetite por risco.

Nesse contexto, as ações da Petrobras (PETR4) subiram 3,33% e estiveram entre as maiores altas da bolsa hoje, acompanhando o movimento do petróleo. PRIO (PRIO3) também se beneficiou, com valorização de 1,74%.

Outro papel que se destacou foi o do Santander (SANB11), que avançou 4,65% após o UBS BB elevar sua recomendação para compra, ajustando o preço-alvo de R$ 30 para R$ 38. O banco suíço citou maior potencial de lucratividade de longo prazo e uma revisão no custo de capital como fatores para a mudança. Isso contribuiu para que o Santander tivesse a maior alta do Ibovespa no dia.

No campo político e fiscal, os investidores acompanharam com atenção as discussões em torno das medidas do governo para compensar a perda de arrecadação com a redução do IOF. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de uma audiência no Congresso para apresentar a proposta de medida provisória, mas a sessão foi interrompida após uma confusão. Paralelamente, o presidente da Câmara, Hugo Motta, sinalizou forte resistência por parte do Legislativo e do setor empresarial, especialmente em relação às mudanças que podem impactar o financiamento do agronegócio e do mercado imobiliário.

Além disso, aumentaram as apostas de que o Banco Central possa estender o ciclo de alta de juros ou endurecer o tom na próxima reunião do Copom, em resposta às pressões fiscais e expectativas de inflação.

Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,1% em maio, abaixo da expectativa de 0,2%, o que amenizou temores sobre a inflação e reforçou a possibilidade de manutenção dos juros por lá, contribuindo para o bom humor dos mercados globais.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Santander (SANB11): +4,65%

• TIM (TIMS3): +3,51%

• Petrobras (PETR4): +3,33%

• Bradesco (BBDC4): +3,10%

• Brava Energia (BRAV3): +3,03%


Baixas

• Gerdau Metalúrgica (GOAU4): -3,92%

• Gerdau (GGBR4): -3,68%

• IRB (IRBR3): -3,34%

• CVC (CVCB3): -3,07%

• Braskem (BRKM5): -3,07%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: 0,00%

• Nasdaq: -0,50%

• S&P 500: -0,27%

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