O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (7) em alta de 2,13%, aos 136.232 pontos, após atingir um novo recorde intradiário na casa dos 137 mil pontos, superando a máxima anterior de 28 de agosto de 2024. O movimento foi impulsionado pelo forte desempenho das ações do Bradesco (BBDC4) e pela repercussão positiva das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, além de um acordo comercial entre EUA e Reino Unido.
O Bradesco (BBDC4) foi um dos principais destaques, com suas ações avançando 15,64%, a R$ 15,08, a maior cotação do ano e a maior alta do papel em cinco anos. O banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, superando as expectativas do mercado, que previa em média R$ 5,308 bilhões. O desempenho reforça a trajetória de recuperação do Bradesco e fortalece o otimismo do mercado em relação ao setor bancário.
A Azzas 2154 também se destacou, com suas ações disparando 22,03%, o maior ganho desde a fusão entre Arezzo&Co (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3). A empresa reportou lucro líquido recorrente de R$ 117,7 milhões, uma alta anual de 15,6%, enquanto o Ebitda ajustado avançou 28% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 359 milhões. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo crescimento nas linhas de roupas femininas, que avançaram 27% ano a ano, consolidando a empresa como um forte player no setor de moda.
No cenário macroeconômico, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a Selic para 14,75% ao ano, levou muitos economistas interpretarem como um possível encerramento do ciclo de alta iniciado em setembro de 2024. Apesar de não sinalizar diretamente os próximos passos, o comunicado foi visto como mais cauteloso, sugerindo uma possível pausa no aperto monetário.
Internacionalmente, investidores reagiram positivamente ao anúncio de um acordo comercial entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, além de expectativas de novas negociações entre EUA e China.
No campo negativo, a Minerva (BEEF3) liderou as quedas, recuando 7,69% após divulgar lucro líquido de R$ 185 milhões no primeiro trimestre, revertendo prejuízo anual, mas com margens pressionadas pela menor disponibilidade de gado, que elevou os custos de produção e reduziu a rentabilidade.
As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:
Altas
• Azzas (AZZA3): +22,03%
• Bradesco (BBDC4): +15,64%
• Bradesco (BBDC3): +14,04%
• CVC (CVCB3): +11,06%
• Hapvida (HAPV3): +9,33%
Baixas
• Minerva (BEEF3): -7,69%
• Ultrapar (UGPA3): -3,69%
• TIM (TIMS3): -2,88%
• BB Seguridade (BBSE3): -2,60%
• Caixa Seguridade (CXSE3): -2,60%
EUA
Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:
• Dow Jones: +0,62%
• Nasdaq: +1,07%
• S&P 500: +0,58%
Para acompanhar mais notícias do mercado financeiro, baixe ou acesse o TradeMap.