Ibovespa avança em dia de decisões monetárias e tensões tarifárias entre Brasil e EUA

Foto: Shutterstock/Bigc Studio

Nesta quarta-feira (30), o Ibovespa iniciou o pregão com alta de 0,34%, aos 133.173 pontos, refletindo certo grau de alívio dos investidores em meio a uma agenda carregada. A chamada “Super Quarta” concentra as decisões de juros do Banco Central e do Federal Reserve, enquanto as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos seguem no centro das atenções, com o prazo para a aplicação de tarifas de 50% pelos EUA prestes a expirar.

No cenário doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 15% ao ano, conforme já sinalizado anteriormente. O foco do mercado, no entanto, está no comunicado pós-reunião, que pode abordar os possíveis impactos do tarifaço sobre a economia brasileira. Em Brasília, o ministro Fernando Haddad afirmou que ainda busca diálogo com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, embora não haja previsão de conversa, dada a agenda externa do norte-americano.

Nos Estados Unidos, o Fed também deve manter sua taxa básica estável entre 4,25% e 4,5%, com atenção redobrada para o discurso do presidente Jerome Powell. Apesar da pressão constante do presidente Donald Trump por cortes, a autoridade monetária analisa os riscos inflacionários trazidos pelas novas tarifas. Nesta manhã, Trump reforçou que o prazo de 1º de agosto para os países firmarem acordos comerciais está mantido e não será prorrogado.

Entre os dados do dia, o PIB dos EUA avançou 3,0% no segundo trimestre, acima da expectativa de 2,5%, impulsionado pelo consumo interno e menor volume de importações. Já o setor privado criou 104 mil empregos em julho, superando as projeções e reforçando a resiliência do mercado de trabalho americano.

Enquanto as negociações entre Brasília e Washington permanecem travadas, o mercado opera sob um pano de fundo de incerteza. A possível isenção tarifária para alguns produtos agrícolas, como café e cacau, foi ventilada por autoridades americanas, mas ainda sem direcionamento concreto. O ambiente permanece volátil à medida que o prazo final se aproxima e os desdobramentos diplomáticos continuam incertos.

Por volta das 10h33, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

 

Altas

 

  • Auren (AURE3): +2,06%

 

  • Petz (PETZ3): +2,07%

 

  • Bradesco (BBDC4): +1,95%

 

 

Baixas

 

  • Santander (SANB11): -1,59%

 

  • Raízen (RAIZ4): -1,41%

 

  • Hapvida (HAPV3): -1,20%

Para acompanhar mais notícias do mercado financeiro, baixe ou acesse o TradeMap.

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também: