Ibovespa recua com pressão do petróleo e alta dos Juros Futuros

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O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (5) em queda de 1,22%, aos 133.491 pontos, refletindo a cautela dos investidores diante da agenda econômica da semana e sendo pressionado pela forte desvalorização das ações da Petrobras, que acompanharam a queda nos preços internacionais do petróleo. Às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que anunciará o novo patamar da taxa Selic na quarta-feira, a alta nos juros futuros também contribuiu para um desempenho mais fraco do principal índice da B3.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) surpreender o mercado ao anunciar, no fim de semana, um novo aumento na oferta da commodity a partir de junho. Como resultado, grandes instituições financeiras, como Goldman Sachs e Morgan Stanley, revisaram para baixo suas projeções para os preços do petróleo em 2025.

A Petrobras (PETR4) anunciou que, a partir desta terça-feira, reduzirá em 4,7% o preço médio de venda do diesel para as distribuidoras, fixando o valor em R$ 3,27 por litro — o menor patamar nominal desde agosto de 2023. A redução de R$ 0,16 por litro representa o terceiro corte do ano, após reajustes para baixo realizados em abril. Em fevereiro, houve um aumento. Com isso, as ações preferenciais da estatal registraram forte queda e encerraram o dia cotadas a R$ 29,66, o menor valor em mais de um ano.

No cenário macroeconômico, o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central trouxe revisões nas projeções para a taxa Selic em 2025, que caiu de 15% para 14,75%. As expectativas para o IPCA também recuaram, passando para 5,53%, enquanto a previsão para o câmbio foi ajustada de R$ 5,90 para R$ 5,86. O dólar PTAX fechou cotado a R$ 5,6520, com leve alta em relação ao fechamento anterior. O mercado segue dividido sobre os próximos passos do Copom, que pode elevar a Selic ao maior nível desde 2006, apesar das incertezas sobre o fim do ciclo de alta.

No setor educacional, a possível fusão entre Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) animou os investidores. Analistas avaliam que as chances de um acordo são maiores agora, em comparação com a tentativa anterior, devido a uma maior convergência nos valuations, melhor visibilidade sobre as novas regulações previstas e uma perspectiva de lucros mais sólida para 2025. A Cogna liderou os ganhos do Ibovespa, fechando em alta de 8,81%, cotada a R$ 2,84. A Yduqs também subiu 2,14%, encerrando o pregão a R$ 15,31, figurando entre os poucos papéis que fecharam no positivo.

Na outra ponta, o Magazine Luiza registrou a maior queda do dia, com desvalorização de 5,04%, após anunciar Jörg Friedemann como o novo CEO do MagaluBank.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Cogna (COGN3): +8,81%

• Azzas (AZZA3): +3,08%

• Yduqs (YDUQ3): +2,14%

• Vivara (VIVA3): +1,76%

• Assaí (ASAI3): +1,09%


Baixas

• Magalu (MGLU3): -5,04%

• BRF (BRFS3): -4,54%

• Raízen (RAIZ4): -4,32%

• São Martinho (SMTO3): -4,28%

• Brava Energia (BRAV3): -4,28%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em queda:

• Dow Jones: -0,24%

• Nasdaq: -0,74%

• S&P 500: -0,64%

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