Ibovespa recua com petróleo e bancos no radar

Fonte: Shutterstock/Bigc Studio

O Ibovespa fechou a quarta-feira (3) em queda de 0,34%, aos 139.864 pontos, em meio a tensões políticas no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, investidores acompanham o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto no exterior o foco esteve na ida de Donald Trump à Suprema Corte para tratar das tarifas comerciais.

No setor de petróleo, a Petrobras (PETR4) caiu 0,86% diante da expectativa de que a Opep+ aumente a oferta em 2025, pressionando o preço do barril abaixo de US$ 70. A Brava Energia (BRAV3) recuou 2,97%, apesar de registrar novo recorde de produção em agosto (92,4 mil boe/d, +1,6%), sustentado pelo campo de Atlanta. A empresa segue em fase de consolidação operacional, o que reforça a perspectiva de geração de caixa futura.

Os bancos também sentiram pressão após o Tesouro dos EUA questionar instituições brasileiras sobre cumprimento da Lei Magnitsky, usada para sancionar o ministro Alexandre de Moraes. Itaú (ITUB4) caiu 0,87% e o Banco do Brasil (BBAS3) recuou 0,69%.

No câmbio, o Brasil registrou em agosto fluxo cambial negativo de US$ 2,06 bilhões, puxado por saídas financeiras. O dólar Ptax encerrou em queda de 0,36%, a R$ 5,4485. Já o Tesouro Nacional captou US$ 3,25 bilhões em títulos externos, em operação considerada bem-sucedida, com forte demanda internacional.

Na B3 (B3SA3), destaque positivo para a própria operadora da bolsa, que avançou 1,57% com planos de popularizar o Tesouro Direto, incluindo liquidação 24/7 e novos formatos de acesso.

A Cosan (CSAN3) disparou 8,00% após o BofA reiterar recomendação de compra, projetando potencial de valorização de até 86%. A Raízen (RAIZ4) acompanhou com alta de 4,96%. No varejo, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) subiu 2,93% após o Cade aprovar a entrada do Grupo Coelho Diniz em seu capital.

Entre as quedas, a Ambev (ABEV3) recuou 2,14% diante do pior julho para a produção de cerveja desde 2015, segundo o IBGE. Já no setor farmacêutico, Hypera (HYPE3) e Raia Drogasil (RADL3) caíram 2,11% e 1,90%, mesmo com expectativas positivas para o mercado de genéricos do Ozempic a partir de 2026.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Cosan (CSAN3): +8,00%

• Raízen (RAIZ4): +4,96%

• Pão de Açúcar (PCAR3): +2,93%

• C&A Modas (CEAB3): +2,04%

• Motiva (MOTV3): +2,03%


Baixas

• Brava Energia (BRAV3): -2,97%

• IRB (IRBR3): -2,24%

• Ambev (ABEV3): -2,14%

• Hypera (HYPE3): -2,11%

• RaiaDrogasil (RADL3): -1,90%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: -0,05%

• Nasdaq: +1,03%

• S&P 500: +0,51%


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