Ibovespa fecha semana em alta com dados sólidos do Payroll e expectativa por juros

Shutterstock/Alf Ribeiro

O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (02) com uma leve alta de 0,05%, aos 135.134 pontos, mantendo-se acima do patamar dos 135 mil pontos e acumulando uma valorização semanal de 0,29%. O desempenho foi influenciado por dados mais robustos do Payroll nos Estados Unidos, que afastaram previsões de uma recessão abrupta. Além disso, declarações de Donald Trump — afirmando que a economia americana está em “transição” e pedindo uma redução dos juros pelo Fed — também repercutiram nos mercados.

No cenário doméstico, falas recentes do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, geraram expectativas quanto à política monetária. Segundo pesquisa da Reuters, o BC poderá elevar a Selic na próxima semana para o maior nível em quase 20 anos.

Os dados do Payroll divulgados na manhã desta sexta-feira indicaram um desempenho sólido da economia americana em abril, ainda sem impactos significativos do recente aumento de tarifas. Apesar disso, analistas demonstram cautela quanto ao segundo semestre. O resultado acima do esperado ajudou a aliviar temores de recessão e impulsionou o S&P 500, que caminha para sua mais longa sequência de ganhos em mais de duas décadas — são nove altas consecutivas, algo não visto desde novembro de 2004.

Já os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda nesta sexta-feira (02), após a Opep+ antecipar para este sábado a reunião que definirá possíveis aumentos na produção. A medida reacendeu preocupações sobre um possível excesso de oferta global. Ainda assim, a notícia impulsionou as ações da Petrobras: PETR3 subiu 2,84%, enquanto PETR4 avançou 2,73%.

Os contratos futuros do petróleo Brent para julho recuaram 0,98%, sendo negociados a US$ 61,52 por barril. O WTI com vencimento em junho caiu 1,25%, cotado a US$ 58,50 por barril.

Outra petroleira que se destacou positivamente no pregão foi a PRIO (PRIO3), que registrou alta de 8,07% após anunciar a aquisição de 60% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, por US$ 3,35 bilhões. A operação marca um passo relevante na expansão da companhia, sendo bem recebida por analistas, que já consideram a PRIO uma das maiores produtoras de petróleo do país após essa transação.

Em contrapartida, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) teve a maior queda do dia, recuando 7,80%, após ter encerrado abril como a maior alta do Ibovespa no mês.

O mercado fecha a semana atento aos próximos desdobramentos da guerra tarifária entre China e Estados Unidos e à chamada “Super Quarta”, marcada para o dia 7 de maio, quando tanto o Banco Central do Brasil quanto o Federal Reserve anunciarão suas decisões sobre as taxas básicas de juros.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Prio (PRIO3): +8,07%

• Yduqs (YDUQ3): +4,90%

• Automob (AMOB3): +3,70%

• Brava Energia (BRAV3): +3,57%

• Cosan (CSAN3): +3,09%


Baixas

• Pão de Açúcar (PCAR3): -7,80%

• Hypera (HYPE3): -4,77%

• Petz (PETZ3): -4,09%

• Ambev (ABEV3): -3,09%

• Santander (SANB11): -2,24%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +1,39%

• Nasdaq: +1,51%

• S&P 500: +1,47%

 

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