Ibovespa fecha em queda com cenário fiscal pressionando ações cíclicas e de varejo

O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou esta sexta-feira, 6 de dezembro, em queda de 1,50%, aos 125.946 pontos. O recuo reflete o aumento das incertezas fiscais, com a resistência de parlamentares em alterar o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Essa postura ameaça desidratar o pacote de gastos do governo, ampliando os receios do mercado quanto ao equilíbrio fiscal.

No lado negativo, as ações da CVC (CVCB3) despencaram 11,59%, liderando as perdas da sessão. A alta nos juros futuros pressionou especialmente as empresas cíclicas, mais vulneráveis às oscilações econômicas. No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) e GPA (PCAR3) também registraram quedas expressivas, de 7,07% e 8,14%, respectivamente.

Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) recuaram 2,94%, influenciados pelo rebaixamento da recomendação de compra para neutro pelos bancos Citi e Goldman Sachs, que ainda reduziram o preço-alvo para R$ 26 até o final de 2025.

Na contramão do índice, Embraer (EMBR3) avançou 1,70% e WEG (WEGE3) subiu 1,22%, beneficiadas pela valorização do dólar frente ao real.

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

Altas
• Embraer (EMBR3): +1,70%
• B3 (B3SA3): +1,53%
• WEG (WEGE3): +1,22%
• Caixa Seguridade (CXSE3): +0,93%
• Rede D’Or (RDOR3): +0,62%

Baixas
• CVC (CVCB3): -11,59%
• Pão de Açúcar (PCAR3): -8,14%
• Azul (AZUL4): -7,22%
• Magalu (MGLU3): -7,07%
• Carrefour (CRFB3): -7,04%

EUA
Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:
• Dow Jones: -0,28%
• Nasdaq: +0,81%
• S&P 500: +0,25%

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