Ibovespa fecha em leve queda com temores globais e balanços corporativos no radar

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O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (30) com uma leve queda de 0,02%, aos 135.067 pontos, mantendo-se acima da marca dos 135 mil em um dia marcado por volatilidade. Dados econômicos dos Estados Unidos e da China reacenderam temores de estagflação na economia norte-americana e de uma possível recessão global, o que pressionou o índice logo no início da sessão desta quarta-feira. No acumulado do mês, o Ibovespa registra alta de 3,69%.

Em Nova York, os principais índices caíram após dados mostrarem retração do PIB e desaceleração no emprego dos EUA no primeiro trimestre de 2025, aumentando os temores de recessão em meio às políticas comerciais do presidente Donald Trump. No entanto, o mercado reagiu parcialmente após rumores de reaproximação com a China, posteriormente confirmados por Trump, que declarou esperar um acordo e afirmou estar disposto a dialogar com Xi Jinping.

No cenário doméstico, após a taxa de desemprego fechar o primeiro trimestre do ano em 7%, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) vieram abaixo das expectativas, o que trouxe certo alívio para a curva de juros. O Brasil gerou 71.576 vagas formais de emprego em março. Segundo o ministro do Trabalho, o desempenho já era esperado, pois ficou aquém do registrado em anos anteriores devido a fatores sazonais.

Entre os destaques negativos do pregão, as ações da Azul (AZUL4) ampliaram as perdas em 15,52% mesmo após o anúncio de um financiamento adicional de R$ 600 milhões, que não foi suficiente para empolgar o mercado. Já a WEG (WEG3) recuou 11,55% após a divulgação de seu balanço. A empresa registrou lucro líquido de R$ 1,546 bilhão no primeiro trimestre de 2025 — alta de 16,4% em relação ao mesmo período de 2024, mas uma queda de 8,8% na comparação com o último trimestre do ano passado. O resultado veio abaixo das expectativas dos analistas, que apontaram a piora no mix de vendas como principal preocupação.

As ações de empresas ligadas a commodities também figuraram entre as maiores quedas. A Vale (VALE3) recuou 1,82%, enquanto os papéis da Petrobras apresentaram desempenho negativo: PETR3 caiu 1,54% e PETR4, 1,87%.

 

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

 

Altas

• IRB (IRBR3): +5,31%

• CPFL Energia (CPFE3): +5,24%

• Santander (SANB11): +3,94%

• Automob (AMOB3): +3,85%

• Hypera (HYPE3): +3,43%


Baixas

• Azul (AZUL4): -15,52%

• WEG (WEGE3): -11,55%

• Pão de Açúcar (PCAR3): -7,84%

• Magalu (MGLU3): -6,61%

• CVC (CVCB3): -4,83%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: +0,35%

• Nasdaq: -0,09%

• S&P 500: +0,15%

 

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