Nesta quarta-feira (10), o índice Ibovespa abriu pregão com alta de 0,62%, aos 142.507 pontos. Dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos ocupam as atenções dos agentes, enquanto segue no radar a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve. No cenário político, a Primeira Turma do STF pode formar maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro, em um julgamento acompanhado de perto pelo governo americano, que chegou a ameaçar o Brasil em meio às tensões bilaterais.
O IPCA de agosto mostrou deflação de 0,11%, após alta de 0,26% em julho, acumulando 3,15% no ano e 5,13% em 12 meses, abaixo das projeções do mercado. Já nos EUA, o PPI caiu 0,1% no mesmo mês, contrariando a expectativa de alta, em movimento que reforça apostas em corte de juros pelo Fed ainda em setembro.
As commodities operam em terreno positivo: o petróleo sobe após ataques de Israel à liderança do Hamas no Catar e pressões de Donald Trump para que a Europa imponha tarifas ao petróleo russo, enquanto o minério de ferro na China recua diante de maior oferta e sinalizações de restrição ao aço.
No setor corporativo, o CEO da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou no Neosummit COP 30, em São Paulo, que a companhia seguirá comprometida em oferecer soluções de minério de ferro de menor pegada de carbono a preços competitivos, mesmo com a atual redução do apetite global por produtos sustentáveis. No mesmo dia, a mineradora anunciou corte na previsão de investimentos em metais para transição energética em 2025, de US$ 2 bilhões para US$ 1,7 bilhão.
Combinando cenário político sensível, inflação mais branda e sinais de política monetária mais flexível nos EUA, o mercado doméstico abre a sessão com cautela, mas sustentando os 141 mil pontos.
Por volta das 10h39, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:
Altas
- Magalu (MGLU3): +5,27%
- C&A Modas (CEAB3): +4,14%
- Banco do Brasil (BBAS3): +2,99%
Baixas
- Braskem (BRKM5): -1,41%
- Pão de Açúcar (PCAR3): -1,39%
- Suzano (SUZB3): -1,10%
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