O Ibovespa iniciou setembro em terreno positivo, com avanço de 0,20%, aos 141.707 pontos, depois de fechar agosto acumulando alta de 6,28% e batendo recorde histórico de 141.422 pontos. O movimento reflete o equilíbrio entre o otimismo com cortes de juros no Brasil e nos Estados Unidos e a cautela diante de uma possível realização de lucros, após a sequência de ganhos recentes.
A agenda da semana promete testar o fôlego do mercado. Apesar do feriado do Dia do Trabalho nos EUA reduzir a liquidez nesta segunda-feira (1º), investidores aguardam dados importantes como o payroll americano, a prévia do PIB brasileiro e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal. Além disso, a nova composição da carteira do Ibovespa e o Boletim Focus abrem o calendário doméstico.
No front político e fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a reforma do Imposto de Renda, apontando que a proposta pode aliviar a carga tributária sobre a classe média e trabalhadores. Ele também criticou a postura dos EUA nas negociações comerciais, relatando que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, cancelou um encontro com autoridades brasileiras, justificando falta de agenda. O gesto reforçou a percepção de impasse no diálogo entre os dois países, em meio ao tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras.
No cenário externo, o petróleo opera em alta diante das tensões geopolíticas no Leste Europeu. O conflito entre Rússia e Ucrânia voltou a ganhar intensidade no fim de semana, após novos bombardeios a usinas de energia. Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu ampliar ofensivas dentro do território russo, o que reacendeu temores de interrupção no fornecimento global de petróleo e elevou a volatilidade nas commodities energéticas.
Por volta das 10h37, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:
Altas
- Magalu (MGLU3): +6,59%
- Cosan (CSAN3): +4,27%
- Raízen (RAIZ4): +4,27%
Baixas
- RaiaDrogasil (RADL3): -2,56%
- Auren (AURE3): -2,21%
- Totvs (TOTS3): -1,35%
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