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Equatorial (EQTL3) formaliza oferta de ações estimada em R$ 2,6 bilhões; operação já estava no radar do mercado

Operação já estava no radar do mercado e servirá para custear a compra da Echoenergia

Equatorial/Divulgação

A Equatorial Energia (EQTL3) finalmente lançou a oferta de novas ações cujos recursos serão usados para custear a compra da Echoenergia. A informação sobre a operação começou a circular na imprensa há pouco mais de uma semana, e desde então as ações da Equatorial operam abaixo dos níveis observados antes de a notícia vir à tona.

A potencial venda de novas ações da Equatorial foi revelada pelo Valor Econômico. Em 18 de janeiro, uma reportagem do jornal afirmou que a companhia pretendia vender pelo menos R$ 2 bilhões em papéis. A Equatorial disse no mesmo dia que estava conversando com instituições financeiras sobre o assunto, mas se recusou a confirmar os valores.

Na última segunda-feira (24), a empresa disse ao mercado que havia contatado bancos para avaliar a operação, mas ainda tratava a oferta como “potencial”, e na quarta-feira (26) formalizou a oferta.

A Equatorial pretende vender 87,7 milhões de ações ordinárias, mas pode expandir a oferta para 118,4 milhões de papéis. O preço de venda das ações deve ser definido em 8 de fevereiro, mas tomando como base o preço de fechamento dos ativos no dia 26, a companhia poderia arrecadar até R$ 2,6 bilhões.

Compra da Echoenergia

A compra da Echoenergia foi anunciada no final de outubro do ano passado. Sob os termos do acordo, a Equatorial pagaria R$ 6,65 bilhões pela companhia, além de assumir R$ 2,93 bilhões em dívidas. Na época, a operação foi considerada positiva para a Equatorial, mas especialistas apontavam desde lá que ela poderia ser pesada para a companhia do ponto de vista financeiro.

Em relatório, a XP ressaltou que se a Equatorial custeasse sozinha a transação veria sua dívida líquida chegar a 4,4 vezes o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no fim do ano passado, índice maior que o de 2,9 vezes registrado à época do anúncio do acordo.

O BTG Pactual Digital também apontou que a Equatorial talvez tenha pagado caro pelos novos ativos. “Achamos que pagou um grande prêmio (29% de seu valor de mercado) para entrar em um novo segmento onde a concorrência é feroz e sua experiência histórica de recuperação desempenha um papel menos relevante.”

A instituição financeira também estimou na época que a Equatorial não precisaria levantar capital no mercado para concluir a aquisição, a não ser que tivesse planos de continuar expandindo as operações no curto prazo.

 

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