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Bolsonaro sinaliza desejo de mudar política de preços da Petrobras; ADRs da estatal caem

Em sua live semanal, presidente afirmou que busca formas de alterar as regras de reajuste

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveitou a sua live semanal para afirmar que está buscando formas de alterar a política de preço dos combustíveis no país. A declaração foi suficiente para que os recebidos de ações da Petrobras negociados em Nova York, os ADRs, apresentassem queda – a manifestação do presidente ocorreu após o encerramento das negociações na Bolsa brasileira.

“Eu não aumento (o preço). A Petrobras é obrigada a aumentar o preço porque ela tem que seguir a legislação. E nós estamos tentando aqui buscar maneiras de mudar a lei nesse sentido. Porque não é justo você viver num país que paga tudo em real, é um país praticamente autossuficiente em petróleo e tem o preço do seu combustível aqui atrelado ao dólar”, afirmou.

Desde 2016, a Petrobras adota a chamada Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional tendo como referência o preço do barril tipo Brent, que é calculado em dólar. Portanto, o valor internacional do petróleo e a cotação do dólar influenciam diretamente na composição dos preços da companhia.

Logo após as declarações de Bolsonaro, feitas pouco depois das 18h, os ADrs da Petrobras chegaram a cair mais de 3%.

De janeiro a setembro deste ano, os preços de revenda dos combustíveis no país registraram aumentos de 28% no diesel, 32% na gasolina e 27% no GLP (gás de cozinha), segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).

Bolsonaro ainda afirmou que a política de preço garante um lucro “muito alto” para a estatal.

“Tem que ser uma empresa que não dê um lucro muito alto, como tem dado. Porque, além de lucro alto para acionistas, a Petrobras está pagando dívidas bilionárias de assaltos que aconteceram há pouco tempo”, disse na live transmitida nas redes sociais do presidente.

Bolsonaro ressaltou, no entanto, que o governo não vai romper contratos e voltou a sinalizar uma possível privatização da Petrobras.

“Ninguém vai quebrar contrato, ninguém vai inventar nada. Falei pro Paulo Guedes [ministro da Economia] botar a Petrobras no radar de uma possível privatização. Se é uma empresa que exerce o monopólio, ela tem que ter o seu viés social, no bom sentido.”

Com informações da Agência Brasil

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