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Bitcoin ganha espaço no mercado cripto e evita queda mais brusca – por enquanto

Dominância da principal criptomoeda cresce em meio à fuga dos investidores de opções ainda mais arriscadas

A percepção de que o Bitcoin é uma criptomoeda menos arriscada que as demais opções disponíveis no mercado impediu que ela sofresse uma queda ainda maior nas cotações nas últimas semanas.

Em momentos de muitas incertezas sobre os rumos da economia, como o atual, os investidores tiram o dinheiro de ativos arriscados e buscam proteção em opções com rendimentos mais garantidos – saindo da renda variável, por exemplo, para títulos de dívida soberana, por exemplo.

A mesma lógica se aplica às criptomoedas. Embora sejam vistas como menos seguras que outros ativos mais tradicionais – dada a alta volatilidade nos preços e a falta de regulamentação -, quando concorrem entre si a opção mais atrativa neste quesito é o Bitcoin.

“Quando há uma insegurança sobre o mercado, os ativos menores geram ainda mais desconfiança, então as pessoas vendem os ativos com menor capitalização e concentram no Bitcoin”, explica Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Criptos.

Dados da TradingView, plataforma que concentra informações do mercado financeiro, apontam que a fatia do Bitcoin no mercado cripto atingiu 48% na segunda semana de junho, o maior nível em quase um ano.

“O aumento da dominância não quer dizer que o preço vá subir, mas ajuda a segurar a queda”, diz Hugo Trombini, head de cripto de Hurst Capital.

Mercado volta a testar US$ 2o mil

O Bitcoin voltou a testar a resistência dos US$ 20 mil após mergulhar para a faixa de US$ 17 mil no sábado (18) – o menor patamar desde novembro de 2020.

O movimento também chamou a atenção, já que o nível de US$ 20 mil foi o teto do ciclo de alta observado no Bitcoin em 2017, e o mercado esperava que isso servisse como piso para a cotação.

Em um novo surto de pessimismo nesta quarta-feira (22), por volta das 17h, o BTC registrava queda de 3,7%, cotado a US$ 20.083, conforme dados da CoinGecko.

A fuga dos investidores é reflexo do temor de recessão nos Estados Unidos e na Europa com o aumento dos juros para conter a disparada da inflação – quadro que também ocorre no Brasil -, e problemas internos do universo cripto, principalmente o risco de insolvência de fundos e empresas usados como referência no mercado.

O quadro poderia ser pior, diz Trombini. “Não vimos o fundo do mercado ainda. Para isso as coisas precisam estabilizar. Não acredito em uma melhora rápida com tanta notícia ruim”, afirma.

Na mesma linha, Edward Moya, analista sênior de mercado para as Américas da corretora e casa análise Oanda, diz que a volta para o campo positivo depende de fatores que mexem com a economia global, como o aumento dos juros americanos pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).

“Os investidores hesitarão em comprar Bitcoin até que Wall Street se sinta confiante de que precificaram totalmente o aperto do Fed”, afirma.

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