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Por Felipe Noronha

Colunista da Agência TradeMap

Educador financeiro e influenciador do TradeMap, cursa Engenharia de Produção e estuda o mercado desde os 17 anos. Publica conteúdo financeiro no Instagram e no YouTube do TradeMap.

Razão x emoção nos investimentos: como a estratégia de Warren Buffett pode melhorar sua vida financeira

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Fonte: Pixabay

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Morgan Housel é sócio de um dos maiores fundos dos Estados Unidos, The Collaborative Fund, e lançou o que eu considero ser um dos melhores livros do mercado, “A Psicologia Financeira”, em março de 2021.

O livro trata de finanças comportamentais, com lições importantes sobre fortuna, dinheiro e felicidade.

Sempre que lidamos com dinheiro, desde finanças pessoais básicas até decisões de negócios, tendemos a buscar explicações matemáticas, utilizando fórmulas e dados para encontrar alguma solução viável que nos tranquilize. A leitura é responsável por quebrar esse paradigma, já que o fator psicológico dentro dos mercados é muito mais potente do que qualquer planilha construída em Excel.

Quando você vai tomar alguma decisão em relação ao seu dinheiro, você costuma ter com base fórmulas e números ou conversas com parentes e amigos?

Para explicar a importância da psicologia dentro dos investimentos, Housel utiliza alguns drivers de sucesso e fracasso, oferecendo aprendizados que conduzem o leitor a administrar melhor as suas finanças. Afinal, aprendizado se conquista com experiência (sim, até mesmo com a dos outros).

Um dos maiores exemplos de sucesso mencionados no livro trata da questão da paciência nos mercados e é conceituado em torno de um dos maiores investidores do mundo da atualidade, Warren Buffett.

Cerca de 95% do patrimônio de Buffett foi construído após seus 65 anos. Isso aconteceu por que ele ganhou uma bolada de um dia para o outro? Não, ele simplesmente foi PACIENTE e soube (e ainda sabe) da importância de deixar seu dinheiro aplicado pelo máximo de tempo possível, em vista a fazer jus à fórmula dos juros compostos, em que o tempo é a potência.

E não precisa ser nenhum gênio para saber isso. O problema é que as pessoas não têm vontade nem paciência para construir um patrimônio de longo prazo. A maioria é imediatista e quer ficar rica da noite para o dia. E todos nós sabemos onde essa história resulta.

No caso de Warren Buffett, o fator psicológico é muito mais relevante que qualquer outro, já que é preciso estar com a mente treinada para aguentar a volatilidade de mais de 20 anos de mercado e, lá na frente, poder usufruir da fortuna sempre desejada.

Logicamente, é preciso entender o que se está comprando e o porquê do investimento. Entretanto, a fórmula para você conquistar o mercado está no seu comportamento e não em questões matemáticas.

Ter o controle do seu próprio tempo é a melhor coisa que você pode fazer. A forma mais elevada da riqueza é acordar pensando “Hoje, eu posso fazer o que quiser”.

As pessoas querem se tornar ricas para serem mais felizes, entretanto, não sabem que, se existe um denominador comum na felicidade, é ter LIBERDADE e poder controlar a própria vida. A possibilidade de fazer o que quiser, quando quiser, pelo tempo que quiser não tem preço. É o maior dividendo que o dinheiro pode pagar.

E o livro articula isso de forma bem simples: o dinheiro é o MEIO e não o FIM. Pessoas buscam soluções no dinheiro que não vão encontrar. Ele é o meio para você realizar as coisas que você quer, mas nunca o FIM que você pode desejar.

No livro ‘’30 Lessons for Living ‘’, Karl Pillermen entrevistou mil idosos em busca das lições mais importantes da sua vida. Eeis os resultados:

“Ninguém disse que para ser feliz é preciso trabalhar o máximo que puder para ganhar dinheiro e comprar tudo o que deseja;
Ninguém disse que é importante ser ao menos tão rico quanto as pessoas ao seu redor;
Ninguém disse que é preciso escolher a sua carreira com base no quanto você espera de salário;
E isso tudo está por trás da maneira como lidamos o dinheiro”.

O dinheiro nunca pode ser o FIM. Ele é o MEIO.

*As opiniões, informações e eventuais recomendações que constem dos artigos publicados pela Agência TradeMap são de inteira responsabilidade de cada um dos articulistas. Os textos não refletem necessariamente as posições do TradeMap ou de seus controladores.

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