Bolsonaro anuncia novo Bolsa Família de R$ 300

A ideia inicial da equipe econômica era aumentar o valor em R$ 60, para R$ 250

O novo Bolsa Família deixará de ser de R$ 190 e deverá pagar em média R$ 300 reais aos beneficiários do programa, de acordo com entrevista dada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 15. A medida entraria em vigor em dezembro. 

“O Bolsa Família, a ideia é dar um aumento de 50% para ele em dezembro, para sair de média de R$ 190, um pouco mais de 50% seria [o aumento], para R$ 300. É isso que está praticamente acertado aqui”, anunciou Bolsonaro. 

O anúncio também foi uma surpresa aos integrantes do próprio governo, segundo o Estadão/Broadcast, obrigando a equipe econômica a encontrar fontes de recursos para bancar a reformulação do programa desejada pelo presidente. 

Os assessores de Paulo Guedes, ministro da Economia, informaram que a pasta precisará promover cortes de gastos em outras áreas para conseguir elevar o valor do Bolsa Família. 

“Vamos ter de cortar de outras áreas para aumentar para esse valor defendido pelo presidente”, disse um dos assessores. 

Inicialmente, a ideia da equipe econômica era aumentar o valor em R$ 60, para R$ 250, e expandir a quantidade de famílias atendidas em cerca de 5 milhões, das atuais 14,7 milhões para 20 milhões. 

Para técnicos consultados pela SIC TV, o valor proposto por Bolsonaro não cabe no teto de gastos previstos para 2022.  

“Pesa para a União, mas nós sabemos da dificuldade de nossa população. Então a equipe econômica já praticamente bateu o martelo nesse novo Bolsa Família a partir de dezembro, de R$ 300 em média”, disse o presidente.

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Nesta quinta-feira, 17, Bolsonaro voltou a anunciar que o governo estuda aumentar o valor médio do programa além dos R$ 250 pensados pela equipe econômica. 

“Está sendo negociado para aumentar aí 50%. Até dezembro. Houve inflação sim. Alimento subiu no mundo todo e foi agravado pela pandemia do fique em casa”, disse. 

O valor médio atual pago aos beneficiários do programa é de R$ 190 por mês, a depender da configuração familiar. 

O valor ponderado pela equipe econômica poderia ser pago sem ultrapassar o teto de gastos e sem realizar cortes em outros programas. 

A elevação de 50% em relação ao patamar atual poderia chegar a um valor intermediário entre o desejado pelo presidente e a equipe econômica, de R$ 285.  

*Atualização em 17 de junho

Foto: Marcos Correa/PR Fotos Publicas

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