As ações da Azzas 2154 (AZZA3) encerraram o pregão desta quarta-feira com forte valorização de 22,03%, cotadas a R$ 38,44, a máxima do ano e a maior alta diária desde a fusão entre Arezzo&Co (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3). Esse movimento positivo veio após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025, que superaram as expectativas do mercado e reforçaram a confiança dos investidores na capacidade da empresa de gerar valor em um ambiente competitivo.
Nos últimos meses, a companhia enfrentava rumores sobre uma possível separação entre seus principais acionistas, Alexandre Birman e Roberto Jatahy. Menos de oito meses após a conclusão da fusão, surgiram especulações sobre uma possível cisão dos negócios ou um acordo para que um dos sócios adquirisse a participação do outro, aumentando a incerteza para o mercado.
Além dessas preocupações, o sentimento dos investidores já estava abalado após o fraco desempenho no quarto trimestre de 2024, quando a companhia entregou resultados abaixo das expectativas, com Ebitda pressionado, incertezas sobre novas despesas e dúvidas quanto à extensão de descontos em marcas como Reserva.
No entanto, os resultados do 1T25 vieram acima das projeções. O lucro líquido recorrente atingiu R$ 117,7 milhões, representando uma alta de 15,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado, por sua vez, avançou 28% na mesma base comparativa, totalizando R$ 359 milhões. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas linhas de roupas femininas, que registraram aumento de 27% ano a ano, e pelo segmento de vestuário básico e acessível, que cresceu 14% no mesmo período.
Diante desses números, a Azzas não apenas superou as previsões, mas também consolidou sua posição como uma das principais forças do varejo de moda. Analistas avaliam que a forte valorização das ações reflete a confiança do mercado na capacidade da empresa de expandir suas operações e manter margens saudáveis, mesmo em um cenário competitivo.