Berkshire Hathaway: Insights de Buffett, posições estratégicas e o futuro da empresa

Reunião anual da Berkshire Hathaway

Neste último final de semana ocorreu a reunião anual da Berkshire Hathaway, onde os maiores investidores se reúnem para escutar o oráculo de Omaha e aqui vamos fazer um compilado de alguns insights sobre suas últimas movimentações.

As principais posições

A empresa reduziu significativamente sua participação na Apple, passando de US$ 174 bilhões para US$ 135 bilhões, o que representa uma diminuição de 13%. Apesar dessa redução, a Apple continua sendo sua maior exposição e provavelmente continuará assim por muito tempo.

Warren Buffett reiterou a intenção da Berkshire Hathaway de continuar recomprando ações, sinalizando confiança na valorização futura da empresa. Ele também destacou que investimentos em empresas como Coca-Cola e American Express são considerados permanentes, refletindo a crença de que o melhor momento para vender uma empresa maravilhosa é (quase) nunca.

Outros pontos que estão indo muito bem são suas posições no mercado japonês e o setor de seguros onde os riscos climáticos não o assusta, pois enquanto existir riscos existirá a necessidade de uma seguradora.

Círculo de competência

Buffet reforçou a ideia de só se expor em empresas que ele possua conhecimento e esteja dentro do seu círculo de competência e no momento que perguntaram sobre inteligência artificial ele admitiu não ter conhecimento sobre e preferia não opinar no futuro desta tecnologia.

Além do setor de inteligência artificial, Buffet vê a Índia como um mar de oportunidades, porém acredita não ter vantagens competitiva neste mercado, preferindo ficar de fora.

Sucessão

Após a morte de Charlie Munger, os investidores ficaram ainda mais preocupado com quem irá assumir a empresa caso aconteça algo com Warren Buffet e Greg Abel é apontado como o provável próximo CEO, o qual ficará responsável por todas as decisões de alocação de capital da Berkshire Hathaway.

Ensinamentos

Buffett aconselha os investidores a procurarem mercados onde a concorrência é fraca, especialmente em empresas menores, e a cortarem perdas rapidamente enquanto deixam os vencedores correrem. Ele destaca a cultura empresarial da Berkshire Hathaway como uma de suas principais características e afirma que a estratégia de alocação de capital da empresa permanecerá focada em comprar empresas maravilhosas a preços justos.

O futuro, segundo Buffett, é incerto, e é por isso que é essencial usar uma margem de segurança. Compreender o comportamento do consumidor e a psicologia do comportamento humano é crucial para tomar decisões de investimento bem-sucedidas. Ele também menciona a importância de ouvir pontos de vista opostos e de permitir que a magia da composição trabalhe ao longo do tempo.

Por fim, Buffett encoraja os investidores a aprenderem com seus erros, a se esforçarem para se tornarem a melhor versão de si mesmos e a nunca subestimarem o poder dos incentivos. Ele conclui com a essência da filosofia de investimento da Berkshire: comprar empresas maravilhosas, lideradas por excelentes gestores, negociando a preços justos.