Os mercados externos começam esta quinta-feira, 11, em alta, deixando de lado a preocupação com a alta da inflação e focando somente para o curto prazo, com a continuação dos resultados corporativos mais positivos.
As bolsas asiáticas encerraram no meio a meio, após especulações de que as autoridades chinesas possam ajudar o caixa das incorporadoras endividadas. No entanto, os investidores deverão continuar de olho nas pressões sobre os preços, o que pode levar a uma antecipação das expectativas de aumento das taxas de juros.
Além da alta na inflação vindo maior que os últimos 26 anos na China, ontem, os Estados Unidos divulgaram a inflação ao consumidor, que apresentou uma alta mais forte do que os últimos 30 anos.
Com essa preocupação, as bolsas americanas fecharam em baixa na véspera. Contudo, nesta quinta os mercados europeus e os futuros americanos abriram no campo positivo.
Autoridades monetárias dos EUA continuam declarando que as pressões de preços são temporárias, devido às distorções relacionadas com a pandemia. O mercado segue acreditando nas declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em manter a redução gradual das compras de títulos até meados do próximo ano.
Em relação às commodities, o preço do barril do petróleo segue em alta, o que pode ajudar as empresas petroleiras aqui no Brasil. O preço do minério de ferro está em alta com as expectativas do governo chinês em ajudar o setor imobiliário do país.
No Brasil, os investidores deverão acompanhar o desenrolar do impasse entre Supremo e Governo sobre a PEC dos precatórios. A maioria do STF decidiu, na quarta-feira, em manter suspensos os pagamentos das chamadas emendas de relator, confirmando uma decisão liminar da ministra Rosa Weber. O texto aprovado pela Câmara segue para agora para a votação no Senado.
Na agenda econômica, os investidores ficarão atentos à divulgação das vendas no varejo apuradas pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, às 9h. Analistas esperam uma queda de menor intensidade que a de 3,1% registrada no mês de agosto.
Na cena corporativa, vale ficar de olho na divulgação dos resultados trimestrais da Azul (AZUL4), antes da abertura do mercado, e de Magalu (MGLU3), IRB (IRBR3), Qualicorp (QUAL3), Sabesp (SBSP3), Americanas (AMER3), Bradespar (BRAP4), CCR (CCRO3), Eztec (EZTC3), Natura&Co (NTCO3), Rumo (RAIL3), Grupo Soma (SOMA3), Tecnisa (TCSA3), Lojas Americanas (LAME4), CPFL Energia (CPFE3), Cyrela (CYRE3), B3 ((B3SA3), Hapvida (HAPV3) e Light (LIGT3), após o fechamento da sessão.