Ibovespa fecha acima dos 160 mil pontos pela 1ª vez na história com alívio nos juros globais

Fonte: Shutterstock/NikoNomad

O Ibovespa rompeu nesta terça-feira (2) a marca histórica dos 160 mil pontos, encerrando o pregão aos 161.092 pontos, em alta de 1,56%. O movimento refletiu o alívio nas taxas de juros globais e novos sinais de desaceleração da economia brasileira, abrindo espaço para apostas de que o ciclo de cortes da Selic possa começar já em 2026.

A produção industrial avançou apenas 0,1% em outubro, reforçando a perda de fôlego do setor no fim do ano, o que reduz pressões inflacionárias, mas não altera o tom mais prudente defendido pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que classificou o cenário como “especialmente complexo”.

No campo político, investidores monitoraram as discussões sobre as metas fiscais de 2026 e os impactos das estatais no orçamento. O noticiário eleitoral também voltou ao radar após a pesquisa AtlasIntel mostrar queda na popularidade do presidente Lula e redução de sua vantagem sobre Tarcísio de Freitas. Lula ainda conversou por telefone com o presidente americano Donald Trump, cobrando a remoção total das tarifas remanescentes sobre produtos brasileiros e reforçando a necessidade de cooperação no combate ao crime organizado transnacional.

O ambiente externo contribuiu para o bom humor: após dias de volatilidade causada pelos juros no Japão, as taxas dos títulos americanos e europeus recuaram, favorecendo o apetite por risco. A expectativa de mais um corte de juros nos EUA em dezembro estimulou fluxos para emergentes.

No lado corporativo, a Vale (VALE3) atualizou seu guidance no Vale Day 2025, reduzindo a projeção de produção para 2026 e estimando fluxos de caixa mais fortes. O mercado interpretou as projeções como conservadoras, porém favoráveis, e as ações avançaram 0,82%, acompanhando a alta do minério na China. Entre os destaques positivos do Ibovespa estiveram Vamos (VAMO3), que saltou 6,46% após relatório otimista do BTG Pactual, e Smart Fit (SMFT3), que subiu 2,93% com o anúncio da compra da rede Evolve. Petrobras (PETR4) teve ganho de 0,69% com novos dados de produção.

Nas quedas, Gerdau (GGBR4) caiu 0,21%, pressionada pelo cenário mais fraco para siderúrgicas no exterior. Pão de Açúcar (PCAR3) recuou 0,50%, entre as maiores baixas, diante de ruídos envolvendo investigações relacionadas à família Coelho Diniz. Já Ambev (ABEV3) perdeu 0,07%, refletindo o ceticismo do mercado sobre uma retomada rápida do consumo.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• CVC (CVCB3): +6,63%

• Vamos (VAMO3): +6,46%

• Localiza (RENT3): +4,74%

• Cosan (CSAN3): +4,07%

• Hapvida (HAPV3): +3,84%


Baixas

• TIM (TIMS3): -0,74%

• Pão de Açúcar (PCAR3): -0,50%

• Gerdau (GGBR4): -0,21%

• Yduqs (YDUQ3): -0,07%

• Ambev (ABEV3): -0,07%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (02/12):

• Segunda-Feira (01): -0,29%

• Terça-Feira (02): +1,56%

• Na semana: +1,27%

• Em dezembro: +1,27%

• No 4°tri./25: +10,16%

• Em 12 meses: +28,63%

• Em 2025: +33,93%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,39%

• Nasdaq: +0,59%

• S&P 500: +0,25%


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