Falas de Galípolo e ajustes nas expectativas de inflação dominam o mercado

Fonte: Shutterstock/Summit Art Creations

O Ibovespa encerrou a segunda-feira (1º) em queda de 0,29%, aos 158.611 pontos, em um pregão marcado principalmente pelas declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e pelas revisões nas expectativas de inflação. Apesar de um ambiente externo ainda volátil, o foco dos investidores no Brasil recaiu sobre o tom mais conservador do BC. Galípolo ressaltou que a economia segue aquecida e que a inflação de serviços continua resistente, o que exige cautela na condução da política monetária. Segundo ele, diante das incertezas sobre a velocidade de transmissão dos juros para a atividade, “se há dúvida, o papel do BC é ser mais conservador”. A fala reforçou a percepção de que o BC não pretende acelerar qualquer processo de flexibilização antes de observar sinais mais claros de desaceleração.

A Petrobras (PETR4) registrou alta de 0,19% após anunciar reajuste de 3,8% no preço do QAV, acumulando alta de 1,3% no ano, além de confirmar o aumento de sua participação em Tupi para 67,457% após aprovação de aditivo pela ANP. A companhia também se prepara para inaugurar a expansão da RNEST, que elevará a capacidade da refinaria para 130 mil barris por dia. Enquanto isso, o setor de proteínas sofreu pressão depois que Minerva (BEEF3) caiu 2,89% e Marfrig (MBRF3) desabou 5,02%, acompanhando um relatório que discutiu o impacto indireto das “canetas emagrecedoras” na demanda por alimentos, reacendendo preocupações sobre o consumo futuro.

Na ponta positiva, a WEG (WEGE3) avançou 2,10% após aprovar R$ 1,43 bilhão em dividendos e R$ 466,9 milhões em JCP, reforçando sua reputação de empresa sólida e com geração de caixa consistente. A Eneva (ENEV3) liderou as altas do índice, com avanço de 3,42%, impulsionada por um relatório otimista que classificou a companhia como um “compounder” de longo prazo, destacando o histórico de alocação eficiente de capital e o potencial da empresa no Leilão de Reserva de Capacidade de 2026, que pode adicionar até R$ 22 bilhões em valor presente líquido em projetos.

A CVC (CVCB3) caiu 3,72% após a primeira prévia da carteira do Ibovespa indicar que a companhia pode deixar o índice em janeiro, enquanto Copasa (CSMG3) deve entrar com peso de 0,32%. Já a Ambev (ABEV3) anunciou a inauguração de novas linhas de envase em Uberlândia, fruto de um investimento de R$ 1,3 bilhão que dobra a capacidade de produção de cervejas premium e intensifica a disputa no mercado em Minas Gerais, movimento que manteve fez o papel subir 1,08%.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Eneva (ENEV3): +3,42%

• Weg (WEGE3): +2,10%

• BB Seguridade (BBSE3): +1,47%

• Totvs (TOTS3): +1,22%

• Porto Seguro (PSSA3): +1,17%


Baixas

• Marfrig (MBRF3): -5,02%

• C&A Modas (CEAB3): -4,28%

• CVC (CVCB3): -3,72%

• TIM (TIMS3): -3,67%

• Minerva (BEEF3): -2,89%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (01/12):

• Segunda-Feira (01): -0,29%

• Na semana: -0,29%

• Em dezembro: -0,29%

• No 4°tri./25: +8,46%

• Em 12 meses: +26,21%

• Em 2025: +31,86%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em queda:

• Dow Jones: -0,90%

• Nasdaq: -0,38%

• S&P 500: -0,53%


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