Ibovespa perde fôlego com pressão da Petrobras (PETR4) e varejo em queda

O Ibovespa fechou a terça-feira (30) em leve queda de 0,07%, aos 146.237 pontos, mas acumulou alta de 3,40% em setembro. No pregão, o índice chegou a cravar uma nova máxima histórica intradia, aos 147.578 pontos, antes de perder fôlego com a pressão das ações da Petrobras, em meio ao recuo do petróleo no exterior.

No câmbio, o dólar Ptax recuou 0,08%, a R$ 5,3186, acumulando queda de 1,99% em setembro. O Citi projeta que a queda das commodities ampliará o déficit em conta corrente, limitando a valorização do real. O banco prevê dólar a R$ 5,44 no fim de 2025 e R$ 5,53 em 2026. O relatório também destacou a valorização de 16% do real desde 2024, impulsionada pela fraqueza global do dólar.

No mercado de trabalho, o IBGE mostrou que a taxa de desemprego seguiu em 5,6%, o menor nível da série histórica, com 102,4 milhões de pessoas ocupadas. Houve recorde de empregados com carteira assinada no setor privado (39,1 milhões) e alta de 3,3% no rendimento em um ano. O Itaú BBA, no entanto, alerta para sinais de perda de fôlego, com queda no emprego formal e informal em agosto.

Entre as ações, o setor de varejo esteve entre as maiores quedas: Magazine Luiza (MGLU3; -9,60%), Lojas Renner (LREN3; -4,00%), Vamos (VAMO3; -3,36%) e Azzas (AZZA3; -2,90%). O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) caiu 8,72% após o Citi rebaixar a recomendação de neutra para venda e reduzir o preço-alvo de R$ 3,40 para R$ 2,80. Apesar disso, o banco reconheceu avanços na gestão e prevê melhora de eficiência e margens nos próximos anos.

Já a Petrobras (PETR4) seguiu pressionada pelo recuo do petróleo e caiu 1,10%, com o Brent a US$ 66,07 e o WTI a US$ 62,41, após rumores de que a Opep+ pode aumentar a produção em novembro. O Citi cortou a projeção de preço do Brent para 2026 e reduziu o preço-alvo das ações preferenciais da estatal de R$ 35 para R$ 31.

No exterior, cresce a incerteza com o risco de “shutdown” nos EUA, após Donald Trump admitir que o governo pode paralisar por falta de acordo orçamentário.

Entre destaques corporativos, a MRV (MREVE3) subiu 3,19% após anunciar a venda de quatro terrenos nos EUA por US$ 32 milhões, acima do valor considerado em impairment. A Minerva (BEEF3) avançou 3,21% em seu Investor Day, destacando a expansão internacional e a vantagem da América do Sul no mercado global de carne bovina.

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

Altas

• Minerva (BEEF3): +3,21%

• MRV (MRVE3): +3,19%

• Cury (CURY3): +2,58%

• IRB (IRBR3): +2,53%

• Caixa Seguridade (CXSE3): +2,30%

Baixas

• Magalu (MGLU3): -9,61%

• Pão de Açúcar (PCAR3): -8,72%

• Lojas Renner (LREN3): -4,00%

• Usiminas (USIM5): -3,65%

• Vamos (VAMO3): -3,36%

EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,18%

• Nasdaq: +0,31%

• S&P 500: +0,41%

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