Nesta quinta-feira (25), o índice Ibovespa abriu o pregão em queda de 0,40%, aos 145.976 pontos. O mercado acompanha atentamente a divulgação do Relatório de Política Monetária pelo Banco Central, o resultado do IPCA-15 de setembro e indicadores econômicos dos Estados Unidos, que podem influenciar a trajetória da política monetária global e doméstica.
No exterior, operadores monitoram declarações de autoridades do Federal Reserve, buscando sinais sobre a velocidade e a amplitude de possíveis cortes na taxa de juros dos EUA. Os dados recentes mostram que o PIB real norte-americano cresceu 3,8% no segundo trimestre de 2025, acima da expectativa de 3,3%, enquanto o déficit comercial de bens recuou para US$ 85,5 bilhões em agosto, refletindo redução de importações e expansão do consumo das famílias.
O mercado de commodities apresenta movimentos distintos: os preços do petróleo recuam em realização de lucros, enquanto o minério de ferro na China fecha em alta, impulsionado pela demanda de reabastecimento antes do feriado nacional. No plano político, o Kremlin sinalizou que Donald Trump mantém compromisso em buscar a paz na Ucrânia, após mudança recente na postura americana. No Brasil, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, antecipou que os dados do Caged de agosto devem mostrar continuidade no crescimento do emprego formal, embora em ritmo mais moderado.
Além disso, temas domésticos permanecem no radar dos investidores. A derrubada da PEC da Blindagem no Senado, alertas do Tribunal de Contas da União sobre as contas públicas e a divulgação de resultados simulados da Petrobras (PETR3; PETR4) na Foz Amazonas reforçam a atenção sobre o cenário fiscal e empresarial. No front da inflação, o IPCA-15 avançou 0,48% em setembro, ligeiramente abaixo da expectativa de 0,51%, interrompendo a queda de agosto e acumulando 5,32% em 12 meses. O IPCA-E trimestral ficou em 0,67%, superando o mesmo período do ano passado (0,62%).
O Ibovespa, portanto, inicia a sessão em queda, refletindo o equilíbrio entre indicadores domésticos e internacionais e a cautela dos investidores diante de uma agenda econômica e política intensa.
Por volta das 10h47, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:
Altas
- Magalu (MGLU3): +1,29%
- Natura (NATU3): +1,00%
- Lojas Renner (LREN3): +0,50%
Baixas
- Assaí (ASAI3): -3,82%
- RaiaDrogasil (RADL3): -1,91%
- Pão de Açúcar (PCAR3): -1,84%
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